Há muito que se critica o cenário do que acontece em Portugal a nível da rede de carregadores para automóveis eléctricos, e que actualmente está limitada pela exigência de se integrar na rede Mobi.E. Essa exigência era vista como sendo algo positivo, de modo a assegurar a universalidade do serviço, mas na prática as vantagens não parecem superar as desvantagens, especialmente olhando-se para os demais países europeus, onde existe um modelo mais aberto.
Agora, foi aprovado o Projeto de Resolução n.º 403/XVI (PSD) que recomenda ao Governo a adopção de um "novo quadro legislativo para potenciar o crescimento da rede de postos de carregamento de veículos eléctricos e a aproximação ao modelo comunitário". Mais concretamente, recomendando os seguintes pontos:
- Aumento da rede através da abertura, simplificação e padronização do modelo de negócio;
- Definição de regras iguais de licenciamento municipal para instalação de postos: Câmaras municipais devem publicar o espaço público disponível para instalação - já com aprovação prévia da Eredes;
- Definir prazos obrigatórios de resposta dos Municípios à concessão de modo a facilitar e acelerar o desenvolvimento de soluções;
- Adotar medidas que facilitem a comercialização como a integração vertical CEMES (comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica) em OPCs (operadores de pontos de carregamento), sem a obrigatoriedade de ligar à rede da EGME (Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, atualmente a Mobi.e). O OPC deve poder comprar energia ao produtor e vender energia para carregamento;
- Melhorar a experiência de pagamento e promover a transparência: quando utilizador decide carregar o carro deve poder visualizar o custo de carregamento por KW e por tempo; deve poder escolher método de pagamento: cartão de fidelização do produtor ou posto, mobi.e, cartão de débito ou crédito;
- Homogeneizar as regras de acesso aos espaços de carregamento e as suas obrigações com base na sua finalidade e não apenas na sua localização: postos com operação comercial devem ter as mesmas regras;
- Potenciar a escolha aos OPC do modelo em que pretendem operar, ou seja, a não obrigação de operar pela EGME;
- Assegurar a transição contínua e suave da rede portuguesa para uma experiência homogénea similar a todas as redes de carregamento na Europa.
Agora resta esperar para ver se/quando estas recomendações se materializam em alterações concretas para os cidadãos.
Yes please há muito que abomino essa coisa.
ResponderEliminarPor muito boa ideia que seja uma uniformização a nível nacional, não temos dimensão ou peso para influenciar os outros países para o mesmo standard, por isso mais tarde ou mais cedo levamos com os standards que vêm dos países mais fortes e andar a lutar contra a maré só vai atrasar o desenvolvimento... Seja para os carregadores para carros eléctricos ou muitas outras coisas.
ResponderEliminarAté que enfim. Já não era sem tempo.
EliminarEsse é um pensamento de um pobre... E coitados dos portugueses que pensam assim.
EliminarNão querendo ser pessimista, mas estamos em Portugal, enquanto não se definir que deve ser apenas pago o Kw carregado, aplicando a variável tempo apenas para penalizar abusos, basicamente aplicar o modelo Tesla, é o que se pratica em toda Europa, mas temos a mania que somos mais espertos, e de facto somos, e o famoso chico espertismo.
ResponderEliminarVê-se logo pelos comentários a merd. que vamos ficar metidos... Se não fosse a mobi.e metade dos postos não funcionava ou não tinham que apresentar dados de ter uma rede fiável... Isto só vai favorecer os privados e vamos andar com mais cartões..menos compatibilidade e tudo isso a custa de uns cêntimos que os operadores vão poupar porque o cliente final não vai ver melhoria nenhuma..
ResponderEliminarE com a Mobi.e o que temos tido de bom e de evolução? Bola!
EliminarCarregamentos caríssimos! Nenhuma clareza no sistema!
Mobi.e foi-se e só peca por ter sido tarde. E não não e só a minha opinião, é a da grande maioria dos utilizadores de VE's
Isso não e verdade, há postos com mau funcionamento frequente, este é um aspeto, por outro lado a competição saudável leva a melhorias de optimização de funcionamento e de tarifas ... Passa a ser obrigatório o bom funcionamento com o termino do monopólio. Há ainda um aspeto que quero acrescentar, é justo que a tarifa seja idêntica por kW e tenha um valor variável por tempo ou potência utilizada.
ResponderEliminarConcordo, o modelo tem que ser mais aberto e simplista.
ResponderEliminarO comum utilizador dos fósseis quer chegar, carregar e pagar de forma facilitada (com cartão ou outra App de carregamento abrangente). Exigir uma outra App só para o abastecimento (ainda que se compreenda a utilidade) apenas demove o potencial interessado de uma solução elétrica.
Encontrar um posto disponível já causa (ainda), por si só, a experiência complicada.
Portanto, por enquanto, o caminho é simplificar o máximo possível e aproximar um carregamento à experiência de abastecimento de combustíveis fósseis.
Basta ter um cartão ou uma aplicação para carregar o carro. Se usar o telefone, alguém lhe explica como proceder.
ResponderEliminar#FAIL outros países europeus invejam o modelo da Mobie...
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