2015/05/04

Apple está a pressionar editoras para que abandonem o Spotify e YouTube


A Apple está a preparar o lançamento do seu próprio serviço de streaming de música, e parece não olhar a meios para tentar maximizar as suas hipóteses de sucesso... complicando a vida aos seus concorrentes.

Já tínhamos ouvido rumores de que a Apple teria falhado em negociar melhores condições com as editoras, que lhe permitissem oferecer um serviço de streaming com um custo mensal mais baixo que o dos seus concorrentes; mas agora surgem relatos de que a Apple tem recorrido a tácticas um pouco mais agressivas e desleais: como pressionar as editoras para que abandonem serviços como o Spotify e YouTube.

Ao que parece, a Apple sente-se ameaçada pela modalidade gratuita do Spotify e dos seus milhões de utilizadores, e quer que as editoras deixem de disponibilizar as suas músicas neste serviço. Para o YouTube, a Apple parece estar até disposta a cobrir aquilo que o YouTube actualmente paga, para que também deixem de lá estar as músicas (a menos não terá que se preocupar com o Grooveshark que encerrou a actividade há poucos dias). Práticas que se poderão considerar "normais" sob uma perspectiva empresarial, para tornar o seu serviço mais atractivo (tal como muitos o tentam fazer com conteúdos exclusivos)... mas que não serão certamente vistas com bons olhos por quem se sinta bem servido com estes serviços.

... Por um lado, parece-me positivo que este tipo de assunto seja arrastado para a praça pública; pois poderá ser da forma que se começa a pensar numa remodelação de todo o sistema de produção e distribuição de conteúdos. Tal como os operadores de internet têm que garantir que um cliente possa aceder a qualquer site da internet... será que não estaria na altura de também os distribuidores serem obrigados a dar acesso aos seus conteúdos a qualquer serviço com as mesmas condições?

11 comentários:

  1. Mais uma tentativa infeliz da Maça...

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    1. Ao "obrigar" toda a gente a pagar é possível cobrar um pouco menos por pessoa, e de garantir ao mesmo tempo uma qualidade elevada, em vez de se aturar streamings de 128kbps entrecortados por publicidade aos berros a cada 3 músicas.

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    2. Se achas que a Apple está a fazer isto para fazertoda a gente pagar menos estás bem enganado.

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    3. Isso será a concorrência de mercado a definir. Felizmente não estamos só dependentes da Apple para ouvir música.

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  2. O consumo (legal e legítimo) de música (e de outras artes liberais) totalmente gratuito será historicamente um fenómeno passageiro. Vai ter que se instituir um sistema qualquer em que, por um lado, o consumidor possa consumir música sem pagar os olhos da cara por ela, e por outro, o músico/criador possa ter um incentivo financeiro que lhe permita continuar a produzir música. Se isso vai ser feito à custa de publicidade, flat rates, taxa de audiovisuais, a troco da nossa própria informação pessoal, ou por um mistos de todos estes e mais alguns, já não sei. Mas uma coisa é certa, totalmente gratuito nunca será.

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    1. Sim a rádio é uma invenção tão recente. E está a ameaçar o músico/criador!

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    2. A rádio não é nenhum sistema gratuito. Paga-se e bem. Se for pública, paga-se nos nossos impostos e na taxa de audiovisual. Se for privada paga-se com publicidade.

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    3. E no Spotify a versão gratuita também se paga com publicidade. Ou nunca usaste a versão gratuita do Spotify???

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    4. AJM é bom que sejas o único a pensar assim ou sites como o piratatuga vão voltar a estar em alta

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  3. Conhecendo a apple como conhecemos e com a sua legião de fãs... Tem tudo para ser um bom negócio lol

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  4. "tácticas um pouco mais agressivas e desleais"... A Apple numa frase.

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