2015/06/29
Nantero NRAM recorre a nanotubos de carbono para criar memória não volátil "ilimitada"
As memórias flash dispensam apresentações, sendo utilizadas em todo o tipo de produtos, desde cartões de memórias e pens USB, aos SSDs e smartphones. Mas embora sejam populares têm algumas limitações, limitações que estas NRAM da Nantero não têm.
As memórias NAND Flash são atractivas por poderem manter os dados sem necessidade de energia. No entanto, têm um número limitado de ciclos de apagamento e escrita, e têm também velocidades bastante inferiores às das memórias RAM convencionais. São problemas que têm sido contornados utilizando-se controladores inteligentes (nos SSDs) que vão agrupando e distribuindo as escritas de forma a tirar o máximo partido delas; mas que poderão vir a tornar-se desnecessários caso estas NRAM cumpram com o que prometem.
A Nantero tem estado a desenvolver as suas memórias não voláteis NRAM há cerca de uma década, e parece que finalmente estão prontos para passar à fase de comercialização.
Estas memórias usam nanotubos de carbono para guardar os seus dados, tendo um número praticamente "infinito" de ciclos de escrita - e sendo capazes de manter os seus dados em segurança durante décadas, mesmo quando sujeitas a temperaturas super-elevadas (algo que nas memórias flash normais pode fazer desaparecer os dados em poucos dias.) Para além disso necessitam de pouca energia, têm tamanho ultra-reduzido, e um desempenho que iguala ou supera as memórias RAM.
Na prática, seria o tipo de memória que poderia muito bem vir a unificar a memória RAM e a "Flash"... fazendo com que os computadores pudessem entrar em suspensão a qualquer momento (ou até milhares de vezes por segundo, sem que fosse perceptível) com a garantia de que todos os dados permaneceriam intactos.
No entanto, numa primeira fase esta tecnologia será aplicada a chips com capacidades reduzidas, e só daqui por mais 2 ou 3 anos é que poderemos começar a ver módulos com capacidades que as tornem mais atractivas para utilização em computadores ou seus componentes. Porque é que as coisas boas têm sempre que demorar a chegar?
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