Para que a conquista espacial se torne numa realidade comercial é necessário reduzir drasticamente os custos de escaparmos à gravidade terrestre. É isso que este Skylon quer permitir, fazendo com que o acesso ao espaço se tornar em tão simples quanto uma viagem de avião.
O método actual de transporte para o espaço é altamente ineficiente. Os foguetes utilizados - que são mísseis, literalmente - sofrem do problema de terem que transportar todo o seu combustível, aumentando o seu peso; peso esse que obriga a que se carregue mais combustível. O resultado são máquinas que custam centenas de milhões... e que, para todos os efeitos, são descartáveis, para usar apenas uma única vez.
O Skylon quer mudar isso, propondo uma abordagem ao estilo de um avião espacial: um sistema capaz de descolar de uma pista de aterragem como um avião, e elevar-se nos céus até sair da atmosfera.
A ideia é simples, mas claro que há muitas dificuldades a superar. Os motores dos aviões dependem do ar para funcionar, e à medida que se vai subindo na atmosfera, esse ar vai sendo cada vez mais rarefeito. Para isso o Skylon recorre a dois motores SABRE (Synergetic Air-Breathing Rocket Engine) inovadores, que podem funcionar em modo atmosférico enquanto houver ar suficiente, e depois mudar para um modo de funcionamento idêntico ao de um foguetão. A diferença é que isso só terá que ser feito quando já estiver a dezenas de quilómetro de altura e a viajar a velocidades elevadas, permitindo poupanças significativas de combustível face a um foguetão e reduzindo os custos drasticamente (por isso, e por ser reutilizável).
O Sklon e os motores SABRE têm estado em desenvolvimento há vários anos, e ainda recentemente conseguiram um fundo de 50 milhões de libras do Reino Unido, aprovados pela Comissão Europeia, para continuar este trabalho; e uma parceria com a BAE Systems para construir o primeiro motor deste tipo.
... Esperemos que em breve possamos ter a confirmação de que estes motores cumprem com tudo aquilo que se espera deles.
Gralha: Os motores dos aviões dependem do para para funcionar
ResponderEliminarCorrigido, obrigado.
Eliminarcaso funcione ficava resolvido o problema da saída... estou curioso sobre a reentrada na atmosfera.....
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