2017/05/02

CEO da Huawei reconhece arrogância na forma como lidou com o caso dos P10


O Huawei P10 está a ser alvo de um incidente infeliz após se ter descoberto que a empresa utilizou componentes com características de desempenho bastante diferentes entre os modelos; e agora até o próprio CEO vem reconhecer que a forma como lidaram com o assunto não foi a melhor.

A opção da Huawei utilizar memórias flash que tanto podem dar mais de 700MB/s nuns equipamentos, como ficar abaixo de 200MB/s noutros, é altamente censurável; mas pior ainda terá sido o facto da resposta inicial da empresa pretender passar a ideia de que isto era perfeitamente normal e que a Huawei se tinha limitado a usar os componentes que conseguia arranjar para satisfazer o seu volume de produção - e que todos eles garantiam uma utilização com o "nível de qualidade adequado".

Ora, grande parte dos utilizadores que ligam às características técnicas não ficou convencida com esta resposta, ao ponto de Richard Yu, CEO da Huawei, ter feito outro comunicado, onde reconhece que este incidente fez a empresa "abrir os olhos" e que a resposta inicial demonstrou uma arrogância que não vai ao encontro da forma como a empresa se espera relacionar com os seus clientes. E por isso, agora dá início a uma campanha que promete dar mais atenção à opinião dos clientes... mas cujos efeitos práticos já não conseguirão salvar a suspeita sobre o que um P10 poderá trazer no seu interior.

Foi realmente pena que a Huawei pensasse que os consumidores não iriam ficar irritados com a utilização de componentes com características bastante diferentes, e isso irá certamente fazer-se ressentir nas vendas de um smartphone que tinha tudo para ser um dos melhores do momento.

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