Hoje em dia os discos rígidos medem-se em terabytes e podemos carregar 400GB num cartão microSD, mas em 1956, o RAMAC era a revolução do momento, acabando com os cartões perfurados e trocando-os por dados guardados em discos magnéticos.
O RAMAC 350 da IBM tinha capacidade para guardar 5 milhões de caracteres (com 6 bits de dados, 1 de paridade e 1 de espaço) usando 50(!) discos magnéticos de 24" de diâmetro. Traduzindo-se para linguagem moderna, tinha capacidade para 5MB - menos, considerando que se tratavam de apenas 6 bits de dados efectivos... mas pronto, fazemos o arredondamento por cima.
Há ainda que referir que só esta parte do disco ocupava uma área de 1.5m2, com o sistema completo RAMAC 305 a necessitar de uma sala com 9 x 15 metros para ser instalado e a pesar mais de uma tonelada. Curiosamente, a IBM podia ter espremido uma capacidade maior de dados deste sistena de discos, mas na altura ficaram literalmente sem saber como poderia justificar a necessidade para maior capacidade de armazenamento - quando os 5MB já eram suficiente para guardar o equivalente a 64 mil cartões perfurados, indo para além de tudo o que existia na altura, e pela módica quantia de apenas 3200 dólares por mês - agora equivalentes a quase 30 mil dólares mensais (na altura ainda sem taxa SPA).
A velocidade média de acesso a cada registo era de 0.6 segundos - o que nos faz agradecer os tempos actuais na casa dos 9-15ms nos discos mecânicos - pelo que se quisessem aceder aos dados de 500 pessoas, teriam que esperar 5 minutos, pelo menos. Sem dúvida que seria interessante ver como uma plataforma como o Facebook poderia gerir os mais de 2 mil milhões de utilizadores que tem, com hardware deste tipo...
A IBM acabou por fabricar mais de 1000 destas máquinas ao longo de 5 anos, ajudando-a a consolidar-se como o gigante da informática cuja reputação perdura até aos nossos dias. Fiquem com o fascinante vídeo que nos faz regressar até à década de 50, e ver esta tecnologia com o olhar da época.
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