A Tesla vendeu a Wiferion, uma startup alemã dedicada ao carregamento wireless de veículos que tinha adquirido há apenas alguns meses.
A aquisição da Wiferion gerou toda uma série de rumores referentes à possibilidade de se carregar os automóveis Tesla sem necessidade de usar um cabo, bastando estacioná-lo por cima de uma plataforma de carregamento. Agora com a venda da empresa, as perguntas multiplicam-se: dividindo-se entre os que se interrogam se a Tesla mudou de ideias quanto a este tipo de carregamento (no passado já tinha proposto soluções de braços robóticos que colocavam o cabo de carregamento de forma automática), ou se é apenas uma questão estratégica de desenvolvimento - já que alguns relatos referem que a intenção da Tesla era ficar apenas com a equipa de desenvolvimento da empresa mas sem ter interesse na parte das operações.
Embora existam múltiplas empresas a explorar o carregamento wireless de automóveis eléctricos, o grande "elefante na sala" (e que quase nunca é mencionado), é a questão da eficiência. Nos carregadores wireless que se usa nos smartphones, é habitual ter uma eficiência de carregamento entre 40-65%. Estando a falar-se de baterias de 5000 mAh, podemos deixar que esse factor seja ignorado face ao factor conveniência. Mas, quando se tratarem de automóveis, com baterias de 50 kWh ou 100 kWh, parece-me difícil que alguém esteja disposto a desperdiçar metade da energia num carregamento wireless - a não ser em situações muito específicas onde o carregamento por cabo (que também tem que lidar com questões de eficiência e perdas) não seja uma solução viável.
Claro que há outros sectores onde a Tesla poderá beneficiar de carregamentos wireless sem ser no sector automóvel. Um potencial candidato serão os seus robots humanóides, onde esse tipo de sistema poderia ser bastante mais aceitável e produtivo. Mas, por agora, teremos que aguardar para ver.
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