No início do ano Paris proibiu os serviços de trotinetes partilhadas, e os efeitos dessa medida já se fazem sentir: nas bicicletas.
Vistas como um flagelo, com alguns acidentes graves e muitas vezes abandonadas "ao calhas" na via pública, as trotinetes partilhadas foram erradicadas de Paris em Abril deste ano. Mas já seria de prever que o desaparecimento desta solução de mobilidade iria ter repercussões, que agora se fazem sentir de forma bastante expressiva.
Se alguns podiam pensar que o fim das trotinetes partilhadas levaria a que as pessoas comprassem as suas próprias trotinetes, não foi esse o caso. O que se tem verificado é um aumento explosivo do uso de outras formas de transporte partilhadas, nomeadamente as bicicletas partilhadas. O uso de bicicletas partilhadas passou de 750 mil viagens em Setembro de 2022 para quase 2 milhões de viagens em Setembro de 2023, com o mês de Outubro a registar aumento idêntico.
Este efeito demonstra que os serviços de mobilidade partilhadas são mesmo uma opção procurada pelo público, e que na ausência das trotinetes optam pela solução mais próxima que consigam encontrar. Esperemos que agora não se chegue ao ponto de passar pela mesma situação das trotinetes aplicada aos serviços de partilha de bicicletas, bastando um pouco de civismo para que não sejam abandonadas na rua a atrapalhar as outras pessoas (se bem que, se esse civismo existisse, provavelmente não se teria chegado ao ponto das trotinetes terem sido banidas).
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