A transição dos monitores CRT para os LCDs foi positiva (ninguém terá saudades de carregar os volumosos e pesados monitores de um lado para o outro), mas teve um infeliz efeito secundário. Se no tempo dos CRTs estava bem patente que a qualidade de imagem estava relacionada com o seu refresh rate, havendo grande luta entre os fabricantes para possibilitarem as resoluções mais elevadas com o mais elevado refresh rate possível; quando se passou para os LCDs ficamos estagnados por longos anos nos monitores de 60 Hz. Só muito mais tarde, timidamente, começaram a surgir monitores LCD gaming que começaram a empurrar o refresh rate para valores superiores, que começaram por chegar aos 120 Hz, 144 Hz, 240 Hz, 360 Hz, e até 540 Hz.
Mas, como este artigo de 2020 dos blurbusters explica, uma coisa é o refresh rate, outra coisa é a capacidade do monitor apresentar imagens nitidas a essa frequência. Tal como nos CRTs se tinha a persistência dos pixeis, nos LCDs também existe a demora dos pixeis mudarem de estado para se actualizarem a cada novo frame, podendo criar imagens "esborratadas". É algo que os monitores OLED que agora também se começam a popularizar poderão ajudar a minimizar, devido à sua rapidez de resposta mais elevada, mas que potencialmente faz com que seja necessário criar tecnologia que permita a transmissão e exibição de imagens a 1000 fps, antes de termos monitores que sejam verdadeiramente "instantâneos".
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