Apesar das muitas críticas ao X (e fuga de utilizadores para o Threads e Bluesky), Elon Musk não se sente desmotivado e prepara-se para expandir a abrangência dos serviços digitais com um potencial "Xmail" - na prática, um endereço de email @x.com, já que o domínio xmail.com já existe (embora pudesse ser comprado pelo X).
Nas últimas décadas a Google tem dominado o espaço dos emails gratuitos (e não gratuitos, para quem paga espaço extra) desde que lançou o Gmail a 1 de Abril de 2004, na altura com a promessa fantástica de 1 GB de espaço gratuito, que duplicou para os 2 GB no ano seguinte, e mais tarde passou a ter um sistema de espaço crescente que, inevitavelmente, deixou de crescer e passou a oferecer espaço extra pago. Mas, desde então muita coisa mudou.
Apesar da Google continuar a ser uma empresa popular e ter muitos fãs, já não tem o carisma de ser uma empresa "amiga dos utilizadores", não só por ter abandonando o seu mote "don't be evil", como continuamente demonstrar que está mais interessada em continuar a fazer o máximo tracking dos utilizadores do que a proteger a sua privacidade (temos os casos do eternamente adiado fim dos cookies de tracking no Chrome, as restrições aos ad-blockers, ou o simples facto do Chrome para Android nem sequer permitir adicionar adblockers) - tudo coisas que alteram significativamente a perspectiva dos eventuais motivos das coisas que a Google "oferece", e que resultam no acesso a exabytes de emails e fotos voluntariadas pelos utilizadores, tão valiosos nesta era da fome de dados para treinar modelos AI.
Interesting.
— Elon Musk (@elonmusk) December 15, 2024
We need to rethink how messaging, including email, works overall. https://t.co/6wZAslJLTc
Com Musk a a ser um indivíduo polarizador, reunindo fãs devotos de um lado e críticos irredutíveis do outro, não deixa de se poder estar num momento propício para uma ofensiva ao Gmail e redução da dependência nos serviços da Google (junte-se a isto o facto da Google também estar ocupada com processos que pedem a separação do Chrome e do Android para reduzir o seu domínio de mercado).Yeah. On the list of things to do.
— Elon Musk (@elonmusk) December 15, 2024
Claro que isto não será uma tarefa fácil. O Gmail conta com mais de 1.8 mil milhões de utilizadores, e o processo de migrar de um email de longa data, que provavelmente está associado ao registo em dezenas ou centenas de serviços, é - por si só - bastante desincentivador desse mudança. Mas, os grandes impérios não caem de um dia para o outro, e se o X começar por oferecer um email "x.com" aos cerca de 600 milhões utilizadores activos que mantém, poderá contribuir para o longo e lento processo de erosão que comece a fazer com que mais pessoas comecem a usar o seu endereço x.com como email, ao ponto de um dia, se tornar no seu email principal.
Veremos se, em primeiro lugar, isto efectivamente se concretiza, e depois - daqui por uns anos - que impacto teve.
O Twitter, ups, quero e, a rede social x.com só tem 600 mil utilizadores?
ResponderEliminar😳🤔
Faltou o "hões". :)
EliminarJá é o desespero de uma série de maus negócios
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