É este o resultado das patentes do software... obrigar a atirar a "lógica" pela janela fora e recorrer a artifícios estúpidos para "dar a volta" à situação.
É o que se passa com a utilização do sistema FAT (propriedade da Microsoft) nos sistemas Linux.
Ao que parece há uma patente que regular o armazenamento do nome de um ficheiro no tradicional formato 8.3 e no novo formato "de nomes compridos."
Assim sendo, para dar a volta ao problema sem arriscar ser vítima de perseguições graças a essa patente, a hipótese que se coloca é a de guardar exclusivamente o nome no formato 8.3 *ou* no formato longo, mas não nos dois formatos simultâneamente (que é o que a patente especifica!)
Ao invés do sistema patenteado, que preenche automaticamente ambos os campos, com o nome pequeno a ser criado automaticamente a partir do nome longo, este sistema guardará unicamente o nome 8.3 no caso de ser um nome pequeno, ou um nome longo no caso de este exceder os 11 caracteres. Neste último caso, o nome 8.3 será preenchido com caracteres ilegais que não constituem "legalmente" um nome válido... e por isso não infringindo a tal patente absurda.
... E ainda há quem possa achar que as patentes de software são uma coisa boa?
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Paranóia. Ainda há quem pense que a acção judicial da Microsoft contra a TomTom era por causa destas m**das.
ResponderEliminarPelo que dizem no artigo, a questão da MS com a TomTom abrangia múltiplas questões, das quais apenas *duas* delas eram referentes à FAT.
ResponderEliminar"Microsoft claimed that TomTom's Linux-based GPS products infringe on several of its patents, including two that cover specific characteristics of FAT, (...)"
O caso TomTom
ResponderEliminar1-A Micrsoosoft (MS) queria que a TomTom pagasse licenças por várias patentes, tal como outras empresas pagavam e a TomTom reiteradamente se recusava a pagar
2-Quando pôs o caso em Tribunal incluiu as duas patentes do FAT, ou seja se é para ganhar usam-se os argumentos todos
3-Resolver estes casos em Tribunal é ruinoso. Resolvem-se fora com base nas negociações Bn, abreviatura de Bilion dollars. Quando uma empresa de 2,8Bn tem que negociar com uma de 82Bn sabe-se logo para que lado cai o acordo. A TomTom e MS chegaram a um acordo que interessava a (adivinhem)
4-Os fabricantes de produtos comerciais Linux ficaram "à rasca" e daí a importância que possan dar a esta saída para fugir às patentes FAT
5-A MS ía usar as patentes FAT e parecidas para destruir o Linux, em geral ? Só se fossem parvos.
Ninguém patentiou o aspecto de uma letra ou de um algarismo? Ou então patentear palavras comuns. Ja agora patentes de software são válidas nos países anglo-saxónicos (não todos?) e em quantos mais?
ResponderEliminarIsso é algo que me deixa curioso, como é que essa treta das patentes funciona internacionalmente? Devem haver acordos internacionais, suponho, mas nada pode "obrigar" uma nação soberana a seguir as leis de outros países... digo eu....
ResponderEliminarHey! As patentes só funcionam nos países onde são legais. Por exemplo: em PT podes distribuir os binários da lame (encoder mp3 por software) sem pagar nada a ninguém. Idem aspas para todas as patentes de software, genéticas ou modelos de negócio. No caso particular da lame até pode ser mais manhoso porque poderá ser preciso provar que a(s) patente(s) é de software (e portanto inválidas).
ResponderEliminarAgora o que não sei como funciona é a validação de patentes: se a firma A tem patente nos EUA não é necessário que tenha a mesma patente em PT...