2010/04/27

Novela iPhone 4G - A Chegada da Polícia

Enquanto o Facebook dá o "salto" para o video HTML5 nos iPads e iPhones, a novela em torno do iPhone 4G roubado continua a ter desenvolvimentos.

Jason Chen, editor do site Gizmodo, teve direito a uma visita da polícia a sua casa, com o seu material informático a ser apreendido.

Há quem já diga que esta apreensão foi ilegal, já que o estado da Califórnia tem leis bastante explícitas quanto à protecção de jornalistas relativamente à divulgação das suas fontes (se isto tiver sido feito para apurar a identidade do "fornecedor" do iPhone 4G) - mas há quem também alegue que o processo poderá ter directamente o site como visado, em cujo caso a apreensão poderá ter fundamento.

Vamos lá ver os próximos desenvolvimentos... Uma coisa é poder escrever na internet e ser tudo "virtual", outra coisa é chegar a casa e ter tudo revirado pela polícia e os computadores apreendidos. Para quem pensar que na internet reina a inpunidade, fica demonstrado que tudo o que "aqui" fizerem poderá ter consequências bem sérias na vossa vida real.

No próximo episódio: depois da polícia eis que chega...Jon Stewart.

5 comentários:

  1. Como se ele fosse um jornalista :-)

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  2. João Sousa27/4/10 19:48

    Isto é uma questão bastante complicada na qual a razão está algures entre a Apple e a Gizmodo, nunca completamente de um dos lados.

    De qualquer modo, se o alvo for o tipo que vendeu o putativo iPhone, podemos vê-lo por um prisma que não uma "fonte jornalística" - foi alguém que vendeu algo que não era seu e cujo proprietário sabia quem era. Segundo li algures, durante três anos depois de perder algo, o dono tem legitimidade legal para reaver o que é seu - logo, o achador não pode tratar o objecto como sendo sua posse.

    Por outro lado, a Gizmodo pagou a alguém pela posse de um objecto que sabia não ser desse alguém (o que poderia ser uma acção legítima caso o seu objectivo único fosse devolver ao legítimo dono), mas também não se coibiu de abrir o telefone, danificando ou alterando um objecto que sabia conscientemente não ser sua propriedade. Aqui, a própria Gizmodo cometeu uma ilegalidade.

    Penso já ter dito isto antes, se não aqui, foi num outro blogue: que a Gizmodo cometeu uma ilegalidade já se sabe. Mas penso que a ética não impede um jornalista de cometer uma ilegalidade, desde que essa acção sirva para expor uma ilegalidade mais grave (que seja de manifesto interesse público). Que umas fotos de um protótipo do iPhone sejam manifesto interesse público, é algo que será discutível.

    Mas também há que contar com isto: estamos a pensar no caso como portugueses. Os americanos regem-se por alguns padrões e leis diferentes, em particular a defesa com unhas e dentes da liberdade de expressão que se tem sobreposto a actos que nós consideraríamos impensáveis.

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  3. Dos_Passos27/4/10 23:15

    Para falar o que é verdade a história está um pouco estranha.

    A Apple deixa sair este tipo de material, de testes, para fora das suas instalações ?

    Havendo normas, estritas, que impeçam que esse material saia das instalações, um engenheiro desobedeceu, levou o equipamento para um bar onde o perdeu - e ainda não foi despedido ?

    Na verdade, a novela - o engenheiro da Apple perdeu o Iphone, alguém o achou, perguntou se era de alguns dos presentes, meteu-o ao bolso, contactou vários sites a oferecê-lo e acabou por vendê-lo por 5000 dólares ao Gizmodo que, à pala disso, já ganhou bem mais em visitas ao site - tem interesse, mas não resolve as questões anteriores.

    Vendo bem a coisa, as hipóteses do iPhone ter sido plantado não é inverosímil. Espere-se então por Junho - se o novo iPhone for igual ao da história alguém perdeu de facto o iPhone e vamos ver quem vai ser despedido. Se não for igual(para além de umas tantas coisas convenientemente plantadas, como a maior duração de bateria), trata-se de um golpe de marketing da Apple - pôr toda a gente a falar de um produto que oficialmente não existe.

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  4. "A Apple deixa sair este tipo de material, de testes, para fora das suas instalações ?"

    @dos_passos: é bastante provavel visto q ao contrario de um mac.. este precisa de testes a niveis de rede.. cobertura desta.. etc

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  5. Dos_Passos28/4/10 00:56

    Pode ser.
    Mas testes feitos por um engenheiro num bar ?
    Com um envólucro que disfarçava o novo iPhone num 3GS para ninguém desconfiar ?
    E a Apple desactivou remotamente o iPhone e por isso não se pôde saber com funciona ?
    E por que é que sabe tão pouco sobre o novo modelo - que tem uma bateria maior, uma caixa diferente e pouco mais ?

    De facto custa a crer que a Apple tenha recorrido à táctica de "plantar" este iPhone para ser notícia. Há também quem diga que se o fizesse nunca escolheria o Gizmodo - o que é facto é que o iPhone foi oferecido a vários sites tech e só o Gizmodo lhe pegou.

    Mas se não foi plantado, falta o teste final:
    "Rest assured that whoever lost this iPhone also lost their job at Apple." (Estejam certos que quem quer que tenha perdido este iPhone também perdeu o emprego na Apple).
    O que é facto é que ainda não perdeu o emprego. Será porque não perdeu o iPhone ?

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