Nos EUA, assistem-se a fenómenos curiosos; com associações a oporem-se à existência de rádios FM nos smartphones - ainda por cima alegando que tal medida seria "impedimento para a inovação e limitaria a escolha dos consumidores"(!?!).
Tenho que confessar que não me surpreende. Quando o uso dos serviços de rádio pela internet se começaram a popularizar, ao ponto de ver pessoas com o rádio desligado sobre a mesa, mas sintonizando a mesma estação de rádio de sempre nos seus computadores ("desperdiçando" tráfego para ouvirem uma coisa que poderiam ouvir sem qualquer custo ou encargo, no seu rádio tradicional), comecei a pensar: qualquer dia estão a abolir o rádio, por ser de uso gratuito para os utilizadores.
E parece que esse dia se começa a aproximar a passos largos. A conversa é sempre a mesma: de que a rádio não permite saber "quem" ou "quantos" ouviram o "quê"; etc. etc.
E se por um lado até posso entender o desejo de ter dados sobre isso, por outro lado parece-me que tudo será mais uma coisa utilizada exclusivamente para "lixar" ainda mais os consumidores.
Precisa-se de uma revolução digital, que simplifique e torne claras todas estas questões dos copyrights, e que - de preferência - não sirva para massacrar aquelas pessoas que correctamente pagam pelo acesso aos conteúdos, e são ainda assim tratadas como se fossem criminosos, sujeitas a formas abusivas (e muitas vezes ridículas) de como podem usar/ver/ler as coisas que compraram.
2011/04/21
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Ha gajos otarios em todo o lado :o)...
ResponderEliminarNao vejo, sinceramente, como e que isto podera passar.
E tambem nao compreendo os argumentos deles...
"Every platform in the industrialized world respects property rights but one—terrestrial radio in the US"
Isto e grande tanga, tanto quanto sei as radios tem de pagar direitos de autor pelos conteudos que passam (se nao e assim, entao devem e atacar isso e nada mais). Mas duvido que nao seja assim porque ate em cafes, bares e restaurantes se tem de pagar pela licenca para passar musica.
Enfim, uma cambada de iluminados :o).
Duvido que lhes deem ouvidos.
Pois, não se esqueçam de que estamos a falar dos "states" terra dos iluminados e das liberdades!
ResponderEliminarPortanto comecem-se a preparar para serem libertados de mais umas liberdades e de mais uns quantos euros.
Já começo a ficar farto de ter pagar até para quase respirar, tirem-nos também a rádio que é das poucas coisas ainda gratuitas/acessiveis, tirem.
Esta noticia aliada a outras semelhantes (a ultima parecida foi a kindle e das revistas) faz-me cada vez mais esquecer os escrúpulos que ainda, mandar todos os autores e criadores às urtigas e começar a piratear feito um louco.
Tenho pena dos criadores e artistas, mas ou eles começam a ter mão e cabecinha naquilo que fazem ou então da minha parte começam a estar "lixados".
Anonimo,
ResponderEliminarSe nao vives ca tudo o que pagas e o mercado Portugues e o governo que decidem.
Ja agora, a radio nao e gratuita, existem radios publicas e privadas.
A publica e subsidiada com os teus impostos, a privada e mantida pela publicidade que te obrigam a ouvir...
Cumprimentos,
Luis Silva
Sim eu sei que a rádio não é gratuita, mas pelo menos é daquelas,poucas, coisas em que ainda não nos "vão directamente" aos bolsos e com preços exorbitantes(sem contar com a taxa de audiovisuais e outras semelhantes)
ResponderEliminarÉ que esta história dos copyrights, direitos de autores e semelhantes já começa a ser demais. Qualquer dia ainda querem que a gente pague por cada vez que "cantamos mentalmente" uma musica...
Não é bem assim. Eles estão a opor-se a q seja OBRIGATÓRIO incluir receptores rádio nos telemóveis. Isso já foi uma ideia que surgiu nas negociações entre a RIAA e as rádios.
ResponderEliminarÉ que, nos EUA, as rádios apenas pagam uma taxa para os compositores. Os artistas executantes, e as editoras não recebem nada. Isto pq a rádio promove as vendas (tradicionalmente até são as editoras a pagar às rádios, por baixo da mesa, para passearem as suas músicas).
Há uns tempos a RIAA decidiu que as rádios americanas deviam começar a pagar pelo direito de divulgarem as suas músicas (como cá na europa). A associação das rádios chegou a um compromisso, em que aceitavam pagar as novas taxas se os fabricantes de telemóveis fossem obrigados por lei a integrarem receptores rádio.
Mas agora parece que a RIAA já não acha boa ideia aquele compromisso...
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