2011/06/14
A Credulidade na Internet
Não há dúvida que o nosso planeta é um local estranho, povoado por criaturas ainda mais estranhas e capazes dos maiores atentados à Humanidade (já Einstein dizia que só duas coisas eram infinitas: o Universo e a estupidez humana... e que não tinha a certeza quanto ao Universo).
A internet, para além de permitir a partilha do conhecimento, permite igualmente que todas estas "estupidezes infinitas" circulem por todo mundo a velocidade vertiginosa. E é aqui e agora, neste preciso local, que se coloca a questão: "acreditam em tudo o que vêem ou lêem na internet?"
Infelizmente, para muitas pessoas... parece que a resposta é afirmativa.
Não vou pretender que por vezes não seja fácil cair na esparrela. Ninguém está imune. Mas, há também o dever implícito de, sempre que algo nos parecer estranho, duvidar até que as provas sejam realmente contundentes e verificáveis.
Daí que, quando alguém coloca no twitter uma mensagem com uma foto onde se vê uma nota do McDonalds a dizer que "os clientes afro-americanos terão que pagar uma taxa extra por causa de um surto de roubos"; ou que alguém "tatuou o nome de 150 amigos do Facebook no braço"; ou qualquer outra aberração... a primeira coisa que se deve fazer, é deixar a "poeira" assentar...
Não é que tais coisas não pudessem ser realidade - não nos faltam exemplos tristes de como a realidade por vezes supera a ficção - mas, ter um pouco de bom senso e tentar verificar se as coisas são mesmo o que parecem ser, neste mundo onde milhões de pessoas continuam sedentas dos seus 15 minutos de fama, parece-me o mínimo que se pode/deve exigir antes de se entrar em histerias colectivas.
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olha mt bem dito! Quantas vezes não recebo email e alguns até bastante antigos a dizer literalmente porcaria acerca de histórias mirabulantes que 5 min de pesquisa confirmam exactamente isso... deve-se sempre duvidar até que de alguma forma se prove.. gostei de ler a sério!
ResponderEliminarNão é apenas na Internet que se inventam factos. Abre um jornal e a probabilidade de encontrares uma notícia falsa, com informações falsas ou pouco coerente é muitas vezes maior da que os seus leitores supõem. E já nem falo dos desportivos.
ResponderEliminarSe fosse as histórias da internet, os chineses além de não pagarem impostos, roubam os rins das pessoas, e olhem que muita gente jura a pés juntos que é verdade.
ResponderEliminarNão quero ser o nazi da ortografia, mas acho que querias dizer "não vou fingir" em vez de "não vou 'pretend'er " :)
ResponderEliminarTatuou o nome de 150 amigos no braço ? Nada disso, tatuou fotos de 150 amigos no corpo todo (miniaturas, claro)
ResponderEliminarSim, concordo com o @Francisco, o "pretender" aí nessa frase é notoriamente de influência inglesa, sem querer trollar, claro.
ResponderEliminar@Francisco e @Simão
ResponderEliminarPoderá soar "inglesada", mas é perfeitamente válida em Português correcto (digo eu), no sentido de "não vou pretender/afirmar"...
Mas, caso esteja equivocado, as minhas desculpas. :)
"Não vou pretender que por vezes não seja fácil cair na esparrela"
ResponderEliminarlol cá vai a minha tradução
Não vou afirmar que por vezes seja difícil cair na esparrela.
Eu acho é que falta é um não antes do cair :D
Daqui a pouco tornamos este post num compêndio de "como escrever em português"... :)
ResponderEliminarAinda sai daqui um tratado linguístico
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