As memórias flash têm contribuido muito para o avanço dos equipamentos (veja-se a diferença que um simples SSD é capaz de fazer, ao reduzir drasticamente os tempos de espera dos discos rígidos tradicionais), mas... a própria tecnologia das memórias Flash está bem aquém do que se desejaria. Não só têm ciclos de escrita bastante limitados, como o seu tempo de re-escrita é também bastante lento (relativamente falando, claro). São limitações que têm sido ultrapassadas à custa da inteligência dos controladores usados nos SSD, que usam métodos de "distribuição" das escritas, e blocos extra para poderem ir gerindo da melhor forma as escritas.
Mas isso não impede que outras empresas tenham explorado novas tecnologias de memórias não voláteis, como é o caso da Everspin Technologies que agora apresentou as suas Spin-Torque Magnetoresistive RAM (ST-MRAM).
No entanto, pelo menos numa primeira fase, não se espere que esta memória substitua os habituais módulos RAM e Flash. Para isso ainda será necessário esperar alguns (muitos?) anos, para que o seu custo - por agora cerca de 50x superior ao das memórias Flash - desça para patamares mais competitivos.
Por isso mesmo, a empresa opta por apresentar esta nova memória como um complemento às memórias RAM e Flash actuais, podendo servir, por exemplo, como memória cache usada nos SSD, ou outras aplicações onde a necessidade de velocidades "RAM" com a persistência da "Flash" não tenha impedimentos com o factor custo.
Eventualmente, daqui por algumas décadas, talvez estas memórias possam vir a substituir as RAMs normais - fazendo com que todos os equipamentos tenham memória persistente continuamente - e assim podendo entrar em "modo sleep" e regressar ao activo instantaneamente, sem preocupações com o guardar dos dados actualmente em memória.
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