2013/02/04

O Fim da Web e Início de um Fluxo Temporal de Notícias?


Isto de tentar prever o futuro é algo que nem sempre corre bem, e em muitos casos quando alguém tem a sorte de acertar, muitas vezes temos o "dom" de esquecer todos os outros que tinham feito previsões opostas (muitas vezes, é quem acerta que nos chama a atenção para "eu já dizia isso!")

Tudo isto para dizer que, não faço ideia de como vá ser a internet e a web daqui por 10 ou 20 anos; mas há quem diga que nos estamos a dirigir em direcção a um futuro onde o emaranhado de páginas na web se transforme num fluxo contínuo de informação temporal. Algo ao estilo do que vamos vendo nas timelines do Twitter, nas paredes do Facebook, ou nas notícias infinitas do Google+.

Não sei se estaremos perante o fim da web como a conhecemos (lembro-me de todas as vezes que já vi preverem - repetidamente - o fim do email, dos feed RSS, e disto e daquilo, e ano após ano, cá continuam de boa saúde...) mas mesmo que a web continue a resistir e subsistir, não me parece difícil acreditar que as pessoas prefiram ter um canal de informação, feito à sua medida, por onde ela lhes chegue "sem complicações" do que andar a saltitar de site em site num browser a pesquisarem por ela.

No entanto, este tipo de abordagem tem também alguns riscos... Ao seleccionarmos cuidadosamente apenas as fontes de informação e notícias que nos interessam, corremos o risco de ficar com uma visão parcialmente adulterada da realidade. Na verdade, não será diferente ao direito que as pessoas têm de desligar o televisor na hora dos noticiários e em vez de ouvirem falar da troika e da crise, verem um qualquer outro programa que diz que tudo vai bem (ou o oposto). Mas isso será outro assunto: se a informação estiver disponível e alguém não a quiser ver/ler, é bastante diferente do que querer ver/ler e não ter essa informação.

O que é certo é que a quantidade de informação que é gerada a cada segundo é mais do que poderemos acompanhar... pelo que mais que um fluxo temporal contínuo de informação que nunca pára, o principal elemento que marcará a diferença no futuro (tal como já o faz agora) é que o nosso tempo por cá é limitado e finito, e portanto... convirá escolher bastante bem a forma como o usamos: quer seja a escolher aquilo que lemos; como também as pessoas que achamos merecer a nossa confiança.

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