2013/08/24

Google prepara frota de Taxis Robot sem Condutor


Que o Google está a investigar automóveis sem condutor, isso já todos sabemos - com uma frota deles a percorrer milhares de quilómetros e a aproximar-nos cada vez mais do dia em que o conceito de "ter um carro" mudará para sempre. O que não se sabia é que o Google se está a preparar para construir os seus próprios carros de raiz, em vez de usar automóveis já feitos e onde aplica a sua tecnologia.

O Google prepara-se assim para entrar em concorrência (quase) directa com os fabricantes de automóveis. Quase, porque o objectivo nesta fase é criar veículos Robot-Taxi que serão colocados ao serviço nas cidades, e não automóveis de venda directa aos consumidores (já estou a imaginar as reclamações dos taxistas!)

Não podemos dizer que seja inesperado. O Google já é conhecido por meter a mão na massa quando se trata de reduzir custos, tendo dispensado a compra de servidores das marcas tradicionais e criando os seus próprios usando componentes comuns; feito as parcerias com fabricantes para a criação dos seus Nexus; concebendo e construindo o Glass; etc. E mesmo que assim não fosse, desenhar um carro especificamente à medida dos sistemas que têm que utilizar faz muito mais sentido que tentar "encaixar" posteriormente toda a electrónica num automóvel comum que foi feito sem ter isso em mente.

Mas... não posso deixar de achar que a táctica de anunciar estes veículos como Táxis é um verdadeiro "cavalo de tróia". É certo que faz sentido que estes automóveis façam o papel de Táxis... mas daí a um serviço de autêntico car sharing onde possamos definir os horários dos percursos que queremos efectuar (como se o Google já não os soubesse, à custa do tracking que faz nos smartphones), e o Google possa sugerir as rotas mais eficientes para movimentar milhões de pessoas com o mínimo de desperdício - mediante um pagamento mensal pela utilização do serviço, claro - vai um passo muitíssimo pequenino.

Se tiver um preço atractivo (que poderá ter, considerando a rentabilização que um sistemas destes apoiado nos algoritmos do Google pode ter), não me parece difícil imaginar que quem tiver dentro da área de serviço destes futuros robot-taxi reconsidere se necessita de gastar muitos milhares de euros a comprar um automóvel que passará a maior parte do tempo parado.

1 comentário:

  1. Penso que é exactamente esse o próximo passo a dar e podiam passar a tecnologia para os comboios também. Em Portugal então era uma classe profissional que merecia deixar de existir. Quem disser que tecnologia trás desemprego, não, trás deslocalização de emprego isso sim. Quem tem estas profissões tem de começar a pensar na vida pois são profissões sem futuro.

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