Criar uma app que funcione à custa de serviço de outros é uma tarefa cada vez mais arriscada, pois obriga os seus criadores a cederem a todos os caprichos e mudanças de opinião que o serviço possa ter e exigir. Os developers que criam apps para o Twitter já bem sabem o que isso é (com o Twitter a impor até o número máximo de utilizadores que podem ter); e agora é a vez do Instagram - pertencente ao Facebook - dar uma reviravolta completa na posição que tinha quanto ao nome das apps associadas a este serviço.
Embora o Instagram seja um nome registado, a empresa sempre encorajou os developers a que utilizassem o nome "insta" ou "gram" nas suas apps, para que fossem mais rapidamente associados ao serviço - e por isso hoje em dia temos apps como Statigram, Luxogram, Webstagram, Gramfeed, Instadrop, Instagallery entre muitas outras com nomes do género. Mas agora o Instagram mudou de ideias, e decidiu que afinal isso é prejudicial para a sua imagem de marca, proibindo que estas apps usem quer "insta" quer "gram" no seu nome.
... Este tipo de atitude só vai fazer com que os developers fiquem cada vez mais receosos de criar apps que dependam em grande parte de outro serviço. O que é pena, pois em muitos casos, estes serviços só conseguem chegar ao ponto que chegam graças ao apoio destas apps. Veja-se por exemplo o caso do Twitter, que muito deve às excelentes apps feitas por terceiros, e que foram as responsáveis por cativar milhões e milhões de utilizadores... e que agora tanto os tem maltratado.
Penso que estamos a chegar a um ponto em que, mais que nos preocuparmos se um smartphone terá actualizações daqui por um ano ou dois; teremos que nos preocupar sobre se as apps que mais gostamos continuarão a ter acesso aos serviços e APIs que podem mudar as regras a qualquer momento.
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