2013/10/31

Internet do Futuro dependerá menos de servidores centralizados


Já temos falado que a internet do futuro irá ser bastante diferente da actual. A multiplicação dos nomes disponíveis para os domínios de topo irá certamente diluir a importância dos URLs, de forma semelhante à que hoje nos faz raramente pensar no número de telefone de uma pessoa quando queremos falar com ela... tocamos no nome do contacto e já está. Há um projecto que quer fazer algo idêntico, transformando a estrutura de servidor-cliente actualmente utilizada, em algo mais próximo de uma rede de partilha P2P (peer-to-peer).



Não é por acaso que os "piratas" recorrem a sistemas P2P para distribuírem conteúdos. São sistemas mais robustos, onde mesmo que um elemento falhe, é facilmente compensando pelos restantes. Num sistema tradicional, se um servidor tiver um problema, ninguém conseguirá ter acesso aos conteúdos; num sistema P2P, esses conteúdos estão distribuídos e replicados por múltiplas pessoas, sendo que mesmo que uma desapareça, é possível pedir a mesma informação a outra.

O Projecto Pursuit quer aplicar esse mesmo conceito a toda a internet, relembrando que as pessoas querem os conteúdos mas não estão propriamente interessados em saber de onde vêm. Se pesquisarem pelo último videoclip da Miley Cirus e eles vos surgir no ecrã, estarão realmente preocupados por saber que ele vem do endereço "www.youtube.com/xpto" ou do "vimeo.com/abcd"?

Para além disso esta mesma arquitectura faz com que toda a internet fique mais robusta: ataques DDoS que tentam inundar os servidores centrais com pedidos deixariam de fazer sentido; e considerando que nos dirigimos para um futuro onde a "Internet of Things" fará com que tudo esteja ligado à internet, dos nossos relógios ao frigorifico, passando pelo sensor de temperatura e humidade que têm em casa, esta "distribuição" poderá acabar por ser essencial.

Claro que o projecto também não deixa de lado a questão da segurança, e apresenta-nos como exemplo o caso de um sensor de ritmo cardíaco aplicado a um paciente, cujos dados apenas poderão ser acedidos pelas equipas médicas, e com a rede distribuída a permitir que em caso de perigo de saúde seja enviado um alerta para as pessoas e entidades competentes.

Com servidores ou sem eles... o mundo vai estar cada vez mais interligado.

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