2013/11/17
Câmaras de vigilância domésticas ao serviço da Polícia
Por cá, ter uma câmara apontada para um local público é algo que pode dar problemas, mas é curioso ver que noutros lados é algo que está a ser incentivado pelas autoridades. Em Nova Orleães, foi instalado um sistema de câmaras de vigilância espalhadas pela cidade para tentar reduzir os níveis de criminalidade, mas a maioria das câmaras tem problemas ou simplesmente nem funciona. Daí que se tenham lembrado de tentar outra abordagem...
Em vez de dependerem unicamente do seu sistema de câmaras que está constantemente a ser vandalizado e para o qual não têm políciamento; a ideia passa por usar as câmaras que os próprios cidadãos instalam nas suas casas para servir de auxiliar em caso de crime.
As autoridades não têm acesso em tempo real às imagens das câmaras, mas têm acesso à sua localização, assim sabendo que pessoas contactar no caso de algum incidente ter ocorrido naquela área, para que possam analisar as imagens recolhidas. De entre todas as possibilidades que nos podem levar para uma sociedade permanentemente sob vigilância, acho que este sistema acaba por ser um dos que me parece oferecer um melhor equilíbrio entre o estado/pessoas.
Por um lado acaba-se a "facilidade" que um sistema centralizado sob o controlo das autoridades pudesse ser abusado por um qualquer operador, que poderia espiar quem bem entendesse; por outro lado, as câmaras a cargo de cada pessoa agem como se a pessoa estivesse à janela e visse algo que se estivesse a passar: não me parecendo portanto que seja algo que invada a privacidade dos vizinhos ou das pessoas que passem à sua porta.
... Será que alguma vez veremos algo deste género implementado em Portugal?[
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Mas porque é que as pessoas em Portugal desconfiam tanto do operador de videovigilância que por acaso é um Policia? O agente que manipula o sistema está limitado ao que pode fazer. As câmaras estão viradas para locais definidos e em constante gravação, logo onde é que ele pode abusar.....As pessoas desconhecem como todo o processo funciona! Quem anda na rua , se se sente ameaçada na sua privacidade fica em casa. Em londres existem 3 milhões de camaras nas ruas. Isso sim e um auxilio a cidadãos como eu que estão à vontade na rua.
ResponderEliminarPelo simples motivo que o "poder" em excesso quase sempre leva a abusos... Olhe-se para os casos da NSA em que alguns dos seus operadores usavam o sistema para espiar as namoradas, mulheres, etc. etc.
EliminarJá agora: as pessoas fornecem dados pessoais ao facebook, twitter, mails, cupões de sorteios, cartão galp, continente, entre outros, usam browsers onde são rastreados.... estamos preocupados por uma câmara na rua que nos pode ajudar a identificar o tipo que nos assaltou? Desculpem lá......
ResponderEliminarMas ai nos FB, twitter, browsers e afins tu ainda podes escolher... no caso das camaras, tu ai simplesmente não podes escolher... mas sim. eu percebo os dois lados da questão
EliminarUm exemplo Coimbra, doze camaras na baixa. O operador/policia se fizer zoom ou direcionar as camaras para outra zona o sistema regista a hora e o minuto e gera fotogramas da situação . O supervisor/policia monitoriza e analisa o relatório do operador e a justificação para tal procedimento. Nos states estas coisas já estão fora do controle das policias, esse e que é o problema
ResponderEliminarConcordo com o José Lopes. Com regras bem definidas, com uma separação clara de poderes entre quem define as regras e entre quem as utiliza no terreno, e também com uma informação e esclarecimento claros e transparentes ao público, a videovigilância pode ser uma ferramenta disuasora muito eficaz.
ResponderEliminarO abuso que poderia advir da utilização deste tipo de sistemas com cameras dome rotativas e com lentes de elevado zoom óptico seria mais por parte de operadores "voyeurs"... ainda que a maioria dos sistemas atuais permite definir áreas de privacidade que evitam a monitorização de zonas privadas como sejam a janela sem cortinas daquela vizinha acalorada :)
ResponderEliminarNão sendo tão reativo como o José Lopes, não deixo de concordar com ele... as imagens captadas por cameras em zonas públicas deveriam ser passíveis de ser utilizadas como prova face a crimes, tal teria certamente um impacto positivo na diminuição de crimes nas zonas monitorizadas. Por outro lado, e na atual legislação portuguesa, também não é legal a utilização de cameras na viatura (que sirvam de prova para registar acidentes, por exemplo), nem tão pouco o simples filmar a nossa casa (como forma de auxílio face a um potencial furto).
Se até entidades públicas como sejam municípios e respetivas forças policiais (Polícia Municipal) não conseguem obter aprovação da CNPD para utilização desse tipo de sistemas na via pública, para proteção e auxílio na gestão de sistemas instalados, o que fará de nós pobres cidadãos que apenas queremos proteger os nossos bens...