2013/11/26
Malware... nos ferros de engomar
Os mais paranóicos com a segurança poderão nem sequer considerar introduzir uma pen USB de uma pessoa estranha nas suas máquinas (e fazem muito bem), nem tão pouco utilizarem uma rede WiFi pública; mas... e se vos dissessem que o risco poderá estar... num ferro de engomar?
Poderá parecer uma história saída de um filme de ficção, mas parece que é mesmo realidade. Na Rússia foram (alegadamente) detectados lotes de diverso equipamento electrónico e electrodomésticos que contêm chips maliciosos que tentam infectar todas as redes WiFi em seu redor. Digo alegadamente porque bem sabemos a tendência que os "media" tem para distorcer todo e qualquer tipo de informação, transformando uma gota de água numa tempestade.
Que é tecnicamente possível criar pequenos módulos WiFi que estejam à escuta e tentem captar todo o tipo de informação que passe em redes abertas, disso ninguém duvida. Que haja alguns que até se tentem aproveitar de algumas vulnerabilidades conhecidas em equipamentos populares, também não seria surpresa. Mas daí a dar-se o salto para algo que, à semelhança do "Independence Day", seja capaz de infectar tudo e todos num raio de 200m... já me parece um pouco mais estranho.
... Se bem que... temos exemplos de malware que tem feito coisas que também poderiam parecer inacreditáveis, como o Stuxnet que interferiu com o programa nuclear do Irão (e que até chegou à estação espacial internacional!), ou o mais recente caso de um suposto malware que infecta a BIOS dos computadores e que é capaz de comunicar usando as colunas e microfones. Portanto... colocando as coisas em perspectiva... malware em ferros de engomar acaba por nem ser tão estranho como poderia parecer à primeira vista.
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Sem querer fazer publicidade, trabalho numa empresa (e são muito poucas a nível mundial) que faz cybersecurity a todos os níveis. Infelizmente o mercado não percebeu ainda o grau do problema basta ir às conferências de segurança onde ainda se fala só de Internet e vírus. Aqui definimos a segurança em três níveis e o normal é só pensar no primeiro onde existem imensas soluções. As empresas só depois de terem os problema é que começam a implementar sistemas de segurança mais complexos, sendo que nem estamos neste momento a falar de segurança de dados mas sim de vidas e bens. As industrias e edifícios estão cada vez mais inteligentes e mais interligados por sistemas electrónicos sendo que é por aí que se dá agora as brechas de segurança.
ResponderEliminarPois, e o preocupante é que é inevitável que mesmo aquelas falhas de segurança que se pensarão "ah.. mas ninguém se vai dar ao trabalho de explorar isto"... vão mesmo ser usadas por alguém, levando à origem de coisas como o Stuxnet.
EliminarComo se chama a empresa?
EliminarBem não queria fazer publicidade mas aqui fica.
Eliminarhttp://www2.schneider-electric.com/sites/corporate/en/support/cybersecurity/cybersecurity.page