2014/01/02
2014 - O ano do Falhanço do Google Glass?
Depois de vários adiamentos, espera-se que 2014 seja o ano em que finalmente o Google Glass chegue às lojas e dê início a uma nova era na interacção com a tecnologia, permitindo um uso verdadeiramente "sem mãos". Mas sendo um produto inovador, há ainda sérias dúvidas sobre a forma como irá ser recebido... e segundo algumas pessoas... o Glass em 2014 vai ser um falhanço.
Quem o diz é Robert Scoble, em jeito de repto às conclusões de Mat Honan da Wired que diz que o maior problema que os utilizadores do Glass enfrentam é a estranheza (e insultos) de outras pessoas. Scoble diz não ter sentido isso (círculos de pessoas diferentes, talvez) mas aponta um sem número de "problemas" e limitações que o Glass tem por agora e que não serão facilmente corrigidos a curto prazo.
Para começar, temos ainda uma plataforma de desenvolvimento bastante limitada, que o Google vai abrindo (e melhorando) aos poucos. Isto faz com que as apps existentes ainda sejam também muito limitadas - a par da dificuldade inicial de se estar a explorar uma área completamente nova. Usar apps que continuamente tentam lutar pela atenção do utilizador poderá não ser aquilo que a maioria das pessoas tem em mente como uma utilização mais despreocupada e livre da tecnologia (imaginem o que será estar continuamente a ser bombardeado ao longo do dia com notificações de novos emails, mensagens, tweets, actualizações, etc. etc)
Mas o principal problema para 2014, para além de toda essa "verdura" de um novo ecossistema que ainda está a ser desbravado, será principalmente o preço de aquisição do Glass. Para que o Glass seja uma revolução será necessário um preço que nem dê margem para dúvidas quanto à sua aquisição por um vasto segmento da população "tecnológica"... Mas se calhar não é essa a intenção do Google por agora. Para que o Glass se possa vir a tornar naquilo que muitos imaginam, poderá ser necessário ainda mais uma ou duas gerações evolutivas que aprimorem o software e hardware. Portanto... se o Google realmente vender o Glass em 2014, poderá ser um falhanço já previsto e contabilizado, como forma de dar o primeiro passo para um futuro a mais longo prazo que não pode ser atingido de forma imediata.
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O Glass não é um produto de consumo. A Google não tenciona vendê-lo ao público tão cedo. A meu ver, trata-se de uma experiência para analisar um novo "form factor", ver o que funciona ou não, onde é útil e onde não serve para nada. Procurar utilizações possíveis.
ResponderEliminarLogo, a ideia passa por distribuir o dispositivo junto de pessoas que a Google está completamente certa de que irão usar e abusar dele. E a melhor forma de garantir isso é cobrar um preço exorbitante... E só para quem tem um convite! Quem é que vai gastar 1500 dólares numa coisa que depois não usa? Até é provável que se obriguem a si próprios a usá-lo para não se sentirem mal.
Portanto, não acho que 2014 venha a ser o ano do falhanço do Glass. Vai ser mais um ano de testes, até que um dia (2015?), a Google terá um produto pronto para lançar, e com uma configuração física "como deve ser"; porque aquela geringonça ali no canto do olho não tem jeito nenhum, e eles sabem muito bem disso.
Este comentário foi removido pelo autor.
Eliminar"Geringonça" ? Tendo em conta as limitações e o fato de ser algo novo eu acho que no mínimo só pode ser considerado GENIAL. E pretender melhor que isso (e logo no inicio) não é só ser exigente é sonhar acordado. E sonhar é fácil...
EliminarPrimeiro é preciso ver quem é o comentador.. o homem é mais que conhecido pelas suas... _opiniões_.. que tem o fantástico detalhe de andarem como os barcos à deriva na corrente. Ainda à muito pouco tempo ele dizia maravilhas do glass. Assim como já disse que o único telemovel usável (palavras minhas) era o Iphone.. que depois, afinal era uma bosta.
ResponderEliminarNothing to see here. move on
Acho que o Google Glass e outros projetos arrojados estão para a Google como os desfiles de alta costura estão para as marcas de vestuário. Não é daí que lhes vem o dinheiro, serve apenas para mostrar que estão na liderança: "vejam o que somos capazes de fazer, temos os técnicos/costureiros mais criativos e talentosos".
ResponderEliminarNos desfiles de modas, a coisa é simples - há dois por ano, só interessa o último/próximo. No caso da Google também - se o Glass falhar só tem que arranjar outro. Ele é os balões que vão levar a internet a todo o lado e a cidade africana com internet de alta velocidade em cabos de fibra óptica, ele é o carro sem condutor, ele é o Android e os Nexus, etc. Se o Google Glass falhar passa por mais uma excentricidade de Sergey Brin, só isso. Quanto aos fãs da Google - Deus no céu, Google na terra e Android no telemóvel - facilmente se entusiasmam por um novo projeto ;-)
Sinceramente acho que isto não tem muitas pernas para andar pois a questão da privacidade é algo que se leva cada vez mais a sério na Europa (principalmente). E neste ponto, a Google terá de contornar bem certas leis para ser vendido na maior parte dos países.
ResponderEliminarEu pessoalmente não me iria sentir muito bem caso a pessoa à minha frente tivesse uma coisa dessas na "cara".
Depois existe a questão das Apps, utilidade e países onde a coisa funcione bem.
A única coisa que me agrada é a questão de ter uma action cam incorporada nos óculos que é algo que desejo há imenso tempo para filmar parte dos meus trajetos de bicicleta fora de estrada. Mas pelo preço de 4 GoPros não me parece ;)
A questão da privacidade, para mim, já não vem daqui.
EliminarConsegues estar em algum sitio sem estar alguém com um telemóvel na mão? e está ele/ela a ver mensagens/twitts/whatever, ou a tirar-te fotografias?
Pelo menos, se alguém à tua frente tiver com uns glass sabes para que servem.
Só agora é que as pessoas acordaram para o facto de poderem estar permanentemente a ser fotografadas/filmadas/gravadas?
O maior potencial problema, para mim dos glass será a tecnologia em si, até que ponto tudo aquilo é funcional.
Nem sequer a questão da "estranheza" dos outros para mim é ponto: tudo o que é, fisicamente (falando de gadjets), novidade tem sempre essa reacção inicial. Como era quando apareceram os primeiros telemóveis? e os primeiros auriculares? etc etc etc
Metade destes artigos (este do scobe, assim como muitos outros de muita gente: há gente que tem que escrever, de lá por onde der; faz lembrar os noticiários da seally season) tem outro fim que não tem nada a ver, directamente, com o objecto da análise.
Eu sei perfeitamente que não é de agora nem de há 2 ou 3 aos. Mas se te filmarem ou tirarem uma foto com o telemóvel consegues ter a noção disso, se for o Glass não fazes ideia. São coisas um pouco diferentes.
EliminarQuanto a "estranhesa" podes ter a tua razão, mas não me parece que isso seja um entrave caso o produto seja mesmo bom, o que actualmente, não me parece ser.
No glass basta ter um led a avisar que esta a filmar/ fotografar .... Simples .... Qual a dificuldade ???? Nos telemóveis isso é bem pior e ninguém se queixa ... Como diz o Miguel ( e muito bem ) hoje em dia quando vez alguém com um telemóvel a tua frente, sabes se ele te esta a filmar / fotografar ????
EliminarSim e? O LED existe? Duvido que ninguém se tenha lembrado disso... Basta ter muita coisa para ser um produto verdadeiramente apetecível para a maior parte dos users. Até bastava custar 100€ que toda a gente comprava. Mas apenas me estou a basear no que foi apresentado.
EliminarQuanto ao gravar com o telefone, acho que se quiseres filmar alguém não lhe apontas o telefone para os pés! E até mesmo pelo comportamento da pessoa consegues ter uma ideia. São realidades diferentes.
Depois tens certamente o facto de dificilmente poderes usar isso em sítios públicos como repartições de finanças e tribunais. Duvido que o seu uso nesses seja encarado com normalidade.
Eu continuo a dizer que é coisa que me incomodaria. Não me iria sentir bem se estivesse alguém no urinol ao lado com um Glass...
Lol, há anos que se vendem mini câmaras (algumas disfarçadas de canetas e até nos óculos) daquelas tipo pra detetives que podemos usar sem ninguém se aperceber e fotografar e filmar tudo o que quisermos... e podem-se encontrar á venda no eBay por menos de 50 euros
Eliminar[irony]Obrigado pela info. Não fazia ideia...[/irony]
EliminarQuem tem isso a ver com o que estamos aqui a discutir? O facto de todos nós podermos comprar uns óculos quando não os usamos no dia-a-dia e andar com eles em todo o lado, junto de pessoas que nos conhecem como se fosse algo completamente normal? Deve ser...
Acho que isto é tudo um falso problema porque se vermos tudo quando é novo começa sempre com muitas limitações. Se dependesse disso a televisão, os telemóveis o computador e a internet teriam sido um fracasso. Ainda me lembro do meu primeiro telemóvel, era enorme e pesadíssimo e eu só comecei a gostar deles depois que saíram os Smartphones. É claro que o Google Glasse também só vai ficar verdadeiramente interessante quando houverem muitas aplicações interessantes e estas só poderão atingir o seu máximo depois do Google Glass estar no mercado. E quanto á questão de os utilizadores do Glass poderem enfrentam a estranheza e insultos de outras pessoas é ainda mais ridículo, lol, só se for por inveja de não terem também... Mas enfim, este tipo de especulações pessimistas sempre existiram quando surge algo novo
ResponderEliminarA ideia do Google Glass interessou-me mas admito que não era capaz de pagar muito caro por esse produto, pelo menos por agora.
ResponderEliminarComo é um produto inovador tem bastantes chances para dar errado mas mesmo que isso aconteça vai pôr outras empresas a trabalhar em um produto capaz de tirar o Glass da mente do consumidor e por outro melhor... Poderão até haver produtos que utilizam a tecnologia presente no Glass... Por exemplo, O Oculus Rift pode vir a substituir os ecras nele presente e colocar o sistema de imagem do Glass (admito que não percebi muito bem como este funciona mas fiquei na ideia que é um mini projetor virado para o olho)