2014/04/20

Fitbit quer vender dados dos utilizadores a companhias de seguros


A moda dos wearables e dos trackers de actividade parece ter chegado para ficar, mas muitas pessoas poderão não estar conscientes dos possíveis efeitos secundários que todos estes dados sobre a nossa vida poderão ter.

A maioria das pessoas que começa a usar um tracker da sua actividade física irá gostar de saber que dá X passos por dia, que passa X horas parado e X horas em actividade, e poderá usar essa informação para mudar alguns dos seus hábitos e levar uma vida mais saudável. Mas... e se esses dados puderem ser usados da próxima vez que tentar fazer um seguro de saúde ou for ao médico? Empresas como o Fitbit (e outras) querem melhorar a vida das pessoas, mas ao mesmo tempo querem vender os seus dados em negócios milionários.

Mesmo que por agora esses dados sejam vendidos de forma "anonimizada", já temos visto como essa anonimização nem sempre garante a privacidade pretendida. E mesmo que sejam dadas garantias aos utilizadores que esses dados só são partilhados com o seu consentimento, parece-me que será apenas uma questão de tempo até que um qualquer grupo de hackers se consiga infiltrar nas suas bases de dados e obter esses dados, vendendo-os posteriormente a quem os quiser utilizar.

Não quero parecer alarmista, mas são questões que importará referir e relembrar... pois esta monitorização intensiva 24h por dia, 7 dias por semana, que cada vez mais pessoas fazem de forma voluntária; poderá ter "efeitos secundários" adversos que não foram devidamente divulgados.

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