Para que os óculos de realidade virtual conquistem o público, são necessários ecrãs de resolução elevada que permitam criar imagens realistas. Em vez de esperar por ecrãs com densidades mais elevadas que os actuais, a Nvidia recorreu a uma solução curiosa: sobrepor dois ecrãs LCD, quadruplicando a resolução.
A principal crítica feita aos primeiros Oculus Rift era a sua baixa resolução; e mesmo na sua segunda versão com ecrã Full HD OLED torna-se evidente que seria desejável ter uma resolução bastante superior. Enquanto aguardamos por ecrãs Ultra HD de dimensões compactas, a Nvidia optou por sobrepor de forma ligeiramente desfasada dois ecrãs LCDs, fazendo com que cada pixel passe a estar dividido em quatro.
O efeito é uma melhoria substancial da resolução para níveis que não seria possíveis com ecrãs convencionais:
Mas nem tudo são vantagens. Uma vez que cada pixel efectivo afectará quatro pixeis no outro painel, é necessário processamento especial que faz com que as imagens apresentadas pareçam "psicadélicas" se vistas em separado. O brilho é também reduzido, uma vez que a luz tem que atravessar um ecrã adicional.
Pelo lado positivo, para além da resolução, este sistema permite criar imagens muito mais fluídas, pois a actualização desfasada dos painéis tem também o efeito de duplicar a frequência de refrescamento do ecrã.
Resta saber se esta complexidade acrescida se irá justificar face à evolução dos ecrãs e da utilização de um ecrã convencional com maior resolução e densidade (mas... se actualmente já temos ecrãs de 2560x1440 nos smartphones, imagine-se o que seria usá-los com este sistema, passando a ter uma imagem "virtual" de 5120x2280 - ou então aplicar este sistema a monitores desktop, quadruplicando os pixeis de um monitor Ultra HD para os 8K! :)
Conceito interessante.
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