2014/11/29

EUA vão decidir o que constitui ameaça ou brincadeira na Internet


Se uma imagem vale por mil palavras, uma frase pode igualmente valer mil intenções. Nos EUA o Supremo Tribunal vai ter que deliberar sobre um caso de uma alegada ameaça que o autor descreve como sendo apenas uma "criação artística".

Vivemos em tempos perigosos, onde uma brincadeira entre amigos em que um diga "vou por uma bomba no teu avião" no Facebook ou Twitter poderá valer um equipa da SWAT a arrombar a porta de casa e levá-lo para averiguações. Neste caso, temos uma pessoa que é acusada de ameaçar a sua esposa e outras mulheres, por ter colocado história violentas e macabras sobre elas no Facebook.

O autor diz que as mesmas se destinavam apenas a ser letras para músicas rap, mas os seus antecedentes parecem não dar grande margem para dúvidas de que se trata de uma pessoa problemática, tendo já sido acusado por outras pessoas e despedido por ter igualmente insinuado ameaças a uma colega de trabalho. Ao abrigo da "liberdade de expressão" e de que se tratam apenas de letras musicais, este indivíduo está a tentar usar esses direitos para brincar com o sistema, publicando ameaças reais, à vista de todos.

Infelizmente, com o clima de medo e suspeição que se vai mantendo (e promovendo), este tipo de casos apenas serve para radicalizar e complicar a vida a quem, por pura brincadeira (mesmo que possa ser "de mau gosto") diga algo que fora do contexto poderá dar origem a grandes dores de cabeça.

Como acham que estes casos deveriam ser tratados? Será obrigação das pessoas ter o bom senso para não dizerem coisas "indevidas" na internet - ou será que se deveria assumir que as coisas são "brincadeira" a não ser que haja fortes indícios do contrário?

2 comentários:

  1. Acho que se alguém faz ameaças online que não se devem considerar como sendo brincadeira até prova do contrário, sendo esta prova provavelmente contexto (ie entre amigos que estão a brincar). Mais, acho que se deve ter em consideração a procupação da vítima, pois esta pode ter razões suficientes para achar que as ameaças são verdadeiras.

    Mais exemplo: http://mashable.com/2014/10/15/anita-sarkeesian-cancels-talk-threats/
    Ou não deviam ser lavadas a sério por terem sido feitas online?

    ResponderEliminar
  2. Em 2014 ainda acreditam em tudo que lêem online?
    Só podiam ser americanos...

    ResponderEliminar