Parece que estamos prestes a entrar numa "guerra fria" sobre o domínio da tecnologia que permitirá livrar os veículos dos condutores, e consequentemente libertar a sociedade da necessidade de ter carro próprio - e isso parece ser sinalizado pelo aumento da tensão entre Google e o Uber.
O Google é um dos grandes investidores no Uber (na altura investiu mais de 250 milhões na empresa, o maior investimento do Google Ventures feito até à data) mas as relações parecem estar a azedar devido aos rumores que revelam que o Google estará a preparar a sua própria app de partilha de veículos - ao qual o Uber responde com um investimento na área dos automóveis sem condutor.
Para dizer a verdade, não percebo porque motivo o Uber e o Google não se entendem e aproveitam a relação que já existia, em vez de entrarem em conflito e voltarem costas um para o outro; ainda para mais sabendo-se que, por muito desejada que seja esta tecnologia, ainda estaremos a décadas de poder ter automóveis autónomos a circular as nossas estradas de forma regular (por muito que estas empresas queiram acelerar o processo). Embora... isto possa acabar por vir a ser uma necessidade e não algo que se possa adiar por muito mais tempo.
Uma coisa é certa, as implicações são imensas e quase inimagináveis. Bastará olhar-se para a questão de que, em vez de milhões de carros (quase um por cada pessoa) poderemos ter uma fracção desse número; em vez dos milhões de metros quadrados destinados a estradas e parques poderemos ter mais espaço destinado às pessoas; e acima de tudo... evitar-se o absurdo desperdício das horas perdidas por milhões de pessoas, diariamente, em frustração, nas filas de trânsito.
Desejando por esse tempo.
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