Com o streaming de vídeo a tornar-se cada vez mais popular e com as resoluções a aumentarem, todas as medidas que ajudem a tornar o processo mais eficiente são bem vindas, e para o Google isso traduz-se na utilização do seu codec VP9 no YouTube.
O codec VP9 é o mais recente e eficiente, permitindo poupanças no bitrate de quase 50% face a codecs mais antigos, como o VP8 ou o popular H.264. Isto significa que ligações de internet que anteriormente apenas permitiam ver vídeos de baixa resolução (sem pausas) poderão agora ver vídeos ininterruptos em resoluções HD, e também fazer com que vídeos Ultra HD 4K possam ser transmitidos com a mesma largura de banda que anteriormente era usada para um stream Full HD.
É fácil perceber o interesse do Google em usar isto no YouTube, assim permitindo poupar uma "inimaginável" quantidade de dados; mas não podemos deixar de referir que o Google convenientemente fez as comparações com o H.264 em vez do mais recente H.265 - que seria o mais adequado para comparação com o VP9 (e nesse caso, teríamos um "empate técnico").
O grande problema é o mesmo de sempre: fazer com que determinado codec se torne suficientemente comum para que todos o utilizem; e aí temos a velha guerra de uns alinharem pelo lado do VP9 do Google, enquanto outros preferem alinhar pelo lado do H.265 e a recusarem-se suportar o codec do Google (e com todas as questões dos licenciamentos de uns e outros pelo meio.)
O que é certo é que é impressionante ver ao ponto a que chegamos, desde os tempos em que se ficava pasmado que um CD de música de 600MB pudesse ser comprimido para MP3 a ocupar menos de um décimo do espaço; e depois dos DVDs, que com o DIVX e equivalentes podiam ser reduzidos para o espaço de um CD. Agora, só nos resta esperar que tanto o VP9 como o H.265 - ou idealmente que se chegasse a um consenso e se apostasse num único formato - contem com aceleração por hardware, para que todos possam tirar partido deles da melhor forma.
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