Lembram-se do padrão Bayer de filtros RGB existentes nos sensores de imagem? A Samsung tem apostado num sensor que usa um padrão diferente (RWB) e que promete melhorar a qualidade de imagem com pouca iluminação... e ajudar a evitar as câmaras salientes nos smartphones mais finos.
Não é fácil compatibilizar todas as coisas que se desejam. O mercado/fabricantes querem smartphones cada vez mais finos, mas com melhor autonomia, e melhores câmaras; mas melhores câmaras e com mais resolução ocupam mais espaço; e para se poupar espaço, pixeis mais reduzidos implicam pior qualidade de imagem. Uma difícil equação que a Samsung espera resolver com o recurso a sensores RWB.
Em vez do tradicional padrão RGB que usa filtros vermelhos, azuis e verdes, a Samsung aposta num padrão RWB, que troca os filtros verdes por filtros "brancos/transparentes". Uma opção que permite, desde logo, que o sensor capte muito mais luz, com as consequentes melhorias em situações de baixa luminosidade. (Se estão a interrogar-se como é que o sensor consegue ver a cor verde sem o respectivo filtro, é usado um processo de subtracção usando a informação dos sub-pixeis vermelhos e azuis: tal como temos que a cor branca vista pela câmara resulta da adição do R+G+B=W; temos que a componente verde pode ser derivada por: W-R-B=G).
Esta opção, segundo a Samsung, tem também a vantagem adicional de não necessitar de conversores complexos face aos padrões RGBW, devido à sua semelhança com o padrão mais comum RGB; e talvez mais interessante, permite que se possam usar sensores com tamanho de pixeis ainda mais reduzidos e espessura mais reduzida. Factor de importância fundamental para evitar as câmaras salientes, que tantas críticas originam (tanto em modelos como os iPhones 6 da Apple, como os próprios Galaxy S6 da Samsung.)
Com esta tecnologia, um módulo de câmara de 13MP pode passar de 5.2 para 4.5mm, enquanto que um módulo de 16MP pode emagrecer dos 6.5mm para os 5.0mm, diferenças que na escala dos milímetros que regem o segmento dos smartphones actuais, são imensas.
Estes sensores RBW deverão estar prestes a ficar disponíveis para produção, e deverão surgir em equipamentos que cheguem ao mercado nos próximos meses. E certamente não irão faltar testes para avaliar se as suas vantagens teóricas se traduzem em melhorias práticas!
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