2015/06/03

Vimeo passa a disponibilizar subscrições pagas por canal

Numa altura em que a questão dos direitos de autor e a sua justa compensação está a pedir uma actualização para se adaptar aos canais de distribuição digitais, eis que o Vimeo avança com a possibilidade de subscrição de canais pagos, que poderá servir para avaliar o interesse do público nas diversas modalidades.

O Vimeo já permitia que os criadores vendessem o acesso aos seus vídeos, pelo preço que quisessem definir; mas obviamente que isso se tornava pouco atractivo para canais com produção regular ou grandes quantidades de vídeos, que tornavam proibitivo o custo de acesso aos mesmos. Agora, a essa modalidade junta-se outra: a de se poder subscrever um canal mediante uma mensalidade, para se ficar com acesso a todos os vídeos que nele existirem.

Ao contrário de serviços como o Spotify, onde se tem acesso a "tudo" mediante uma mensalidade, isto faz com que o valor a receber pelo criador esteja unicamente e directamente dependente do número de assinantes que tiver (o Vimeo fica apenas com uma comissão de 10%, passando 90% para os criadores.)

Sem dúvida que será a situação mais justa para os criadores... mas a questão que se coloca é se será sustentável. Não me custa imaginar que uma pessoa possa querer apoiar alguns dos seus criadores/canais favoritos; mas comecem-se a multiplicar os interesses e os canais, e rapidamente se esgotará o orçamento que se tem disponível. E nessa perspectiva, poderá tornar-se mais atractivo os serviços que dêem acesso indiscriminado a "todos os conteúdos" mediante uma única mensalidade.

Mas isso será o mercado a ter que definir, sendo que provavelmente haverá espaço para ambas as modalidades - tal como nos canais de TV temos acesso a centenas de canais por uma mensalidade base; e depois acesso a canais adicionais mediante pagamento adicional. E claro, tudo dependerá também dos preços que forem cobrados por estas subscrições. Uma coisa serão canais que peçam 10 euros por mês, outra completamente diferente serão outros que peçam apenas 0,20 ou 0,50 cêntimos.

Uma coisa é certa. Qualquer uma das formas será infinitamente mais justa do que simplesmente taxar os consumidores em função dos gigabytes que comprarem! :P

Sem comentários:

Enviar um comentário (problemas a comentar?)