2016/04/06

Organização dos Consumidores Europeus quer o fim das fronteiras digitais


A restrição do acesso a conteúdos mediante o país onde se está é uma prática arcaica e incompatível com a sociedade moderna em que vivemos, e também a BEUC (Organização dos Consumidores Europeus) está a lutar pelo fim do geoblocking na Europa.

O geoblocking já é frustrante quando se tenta ver um vídeo que poderá estar disponível nos EUA, mas que deste lado do Atlântico apenas nos apresenta o aviso de que não o podemos ver por estarmos noutra região; mas torna-se ainda mais inadmissível quando se fala de serviços que são pagos, e que mediante o local onde nos encontramos poderá dar-nos acesso a serviços diferenciados (como o Netflix, que apenas disponibiliza o catálogo do país onde se estiver, independentemente do país onde tivermos feito o registo) ou nem sequer permitir o acesso.

Para mostrar o ridículo de toda a situação, a BEUC fez uma experiência simples, aplicando regras idênticas a uma loja física, para apanhar as reacções dos clientes... e como se pode imaginar, é um resultado que só não é hilariante por nos relembrar que é aquilo que estamos a viver na prática, todos os dias, na sua versão digital.

Vamos lá acabar com as fronteiras digitais, que nem sequer deveriam ter sido criadas.



1 comentário:

  1. As fronteiras podem acabar de duas formas, imposta ou voluntária. A evolução dos mercados podem ditar o progresso no sentido da convergência a prazo mais longo ou mais curto. Porque se por um lado a eliminação de barreiras parece ser uma boa ideia, a verdade é que pode criar obstáculos, nomeadamente a países como o nosso com um dos rendimentos per capita mais baixos da zona euro, onde passaríamos a ter preços de bens a valores proibitivos. Sim, porque sendo o valor de um bem definido pela oferta no equilíbrio com a procura, um serviço pode encontrar o seu segmento de mercado com preços proibitivos para populações interessadas nos países periféricos da Europa. Por outro lado não me parece credível que fossem abdicar de margens de lucro para levar o produto a um número inferior de pessoas com poder de compra inferior

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