2016/06/30

Saída da Uber e Lyft de Austin é caso de sucesso para a Luxe

Provando que há mil e uma formas de solucionar problemas mesmo quando as entidades competentes não facilitam, em Austin a saída de cena da Uber e Lyft foi aproveitada da melhor forma pela Luxe, que disponibiliza um serviço de estacionamento de carros - que também pode levar os condutores até casa.

Em Austin as preocupações com a segurança levou à aprovação de uma lei que exigia que todos os condutores de serviços como o Uber tivessem que ceder as suas impressões digitais (ter em conta que nos EUA é possível a qualquer pessoa tornar-se um condutor Uber nos seus tempos livres, ao contrário do que por cá acontece). Em retaliação, tanto a Uber como a Lyft deixaram de operar por lá.

Mas, quando há procura, o desaparecimento de um "fornecedor" leva invariavelmente a que outro surja no seu lugar, e é isso que está a acontecer, de forma algo inesperada, com a Luxe.

A Luxe é (principalmente) um serviço de "valet parking", em que o condutor pode requisitar um "arrumador" que estará no sítio marcado à hora pretendida, para que seja chegar e sair do carro sem ter que se preocupar com as questões do estacionamento - e posteriormente, dizer onde e quando quer o carro de volta, para que seja novamente "pegar e andar". Só que, a Luxe disponibiliza outro serviço, o "Drive Home", que basicamente funciona como um motorista particular, que conduz o carro até casa, e é essa modalidade que está a assistir a um crescimento explosivo. Graças a esta variante do serviço, um condutor que tenha bebido uns copos a mais não precisa ir para casa de táxi, deixando o seu carro "algures"; podendo simplesmente requisitar o Luxe e ser conduzido até casa no seu próprio carro - o que contorna todas as questões relacionadas com o Uber, de se estar a usar carros de outras pessoas para transporte.

Claro que aqui há um pequeno grande pormenor que é crítico: quando um motorista leva o cliente no seu próprio carro até casa, significa que depois fica apeado por lá. A Luxe tenta maximizar a eficiência do processo tentando atribuir motoristas que estejam em fim de turno e que queiram ir para a mesma zona que foi requisitada; o que não invalida que, em muitos casos o motorista tenha que regressar à base (ou ir para casa) usando transportes públicos, ou recorrendo à Uber (que neste caso, não é opção).


... Se fosse por cá, já se imaginaria que depressa se tivesse um determinado sector a exigir que os carros particulares só pudessem ser conduzidos pelo dono do veículo e não por "motoristas externos"! ;P

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