2016/10/09
Alemanha quer proibir motores de combustão interna até 2030
Os motores de combustão interna têm sido sinónimos dos motores dos automóveis ao longo de mais de um século, mas agora a Alemanha quer definir a data para o fim desta era para 2030.
O objectivo é que, o mais tardar em 2030 não seja permitida a criação ou comercialização de automóveis poluentes, o que não deixar de ser uma meta ambiciosa para uma indústria onde é costume demorar décadas a fazer seja o que for (veja-se a adopção do ABS, estabilização electrónica, etc.) Aliás, bastará relembrar há quanto tempo nos vão prometendo que os automóveis eléctricos "estão mesmo a chegar"... já lá vão quase duas décadas (ou mais).
Se a medida for aprovada na Alemanha, é de esperar que rapidamente se alastre a toda a União Europeia, e sem dúvida que seria bem vista com bons olhos por todos os que se preocupam com as questões ecológicas - embora se trate de uma medida que também vem acompanhada de muitos "efeitos secundários" pois irá fazer mexer a balança do poder em termos dos mercados dos combustíveis e energia.
Resta-nos esperar (sonhar?) que nesta nova etapa da humanidade as entidades responsáveis pela geração de energia limpa possam ser um pouco menos gananciosas e encarem o seu papel como promotoras e proporcionadoras de um futuro melhor para todos... Mas entre energia, automóveis autónomos, realidade virtual e muitas outras tecnologias que certamente surgirão ao longo da próxima década, é certo que muito irá mudar até lá.
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Fiquei espantado com a notícia, principalmente por ser a Alemanha mas também tinha de ser um peso pesado da indústria a dar o passo mas sinceramente o prazo é apertado, vamos ver.
ResponderEliminarBoa tarde ,
ResponderEliminarESta é na verdade uma medida que fará parte da terceira era industrial e que se demorou tanto é porque os interesses económicos e as suas implicações em certas areas do Globo seriam e vão ser catastróficas, existem Países que vivem única e exclusivamente dos rendimentos da venda dos hidrocarbonetos, sem eles as suas sociedades vão colapsar, no fundo um pouco do que já vimnos pelas instabilidades que se vivem no Médio Oriente( não são exclusivas, mas têm um peso enorme) , quando se pensou a globalização era já na mira desta terceira era industrial que se tem arrastado como é referido no artigo por falta de coragem, agora é inegavel que as mexidas nesta aerea dos motores electicos e a hidrogénio já não podem ser ignorados, existem marcas como a Porsche que tem agendado um lançamento de um modelo electrico para 2018 e a autonomia não vai ser certamente de 100 Kms, por isso aos poucos a própria industria substituiu os politicos que agora têm para ficar bem na fotografia de marcar metas e tentarem tirar dividendos, a Alemanha como um dos Países lideres na construção AUTO não poderia ficar para trás e daí esta data ambiciosa, agora outros Países como a França se irão seguir e será de facto o fim dos motores de combustão .
Como escrevi no inicio do artigo muitos Países vão sentir brutalmente estas alterações, prevejo que ainda exista uma maior desastabilização deste nosso Planeta nas zonas geográficas em que esta matéria prima era o seu único ganha pão .
Para eles é bom porque têm centrais eléctricas nucleares, para nós que aplicando medidas semelhantes entraríamos em défice de produção, passaremos a ser clientes garantidos do mercado eléctrico europeu. Se até lá surgir um plano determinado de reciclagem de baterias, investimento sério no desenvolvimento de novas formas de acumular e transportar energia, e um plano europeu de transição para as energias menos carbónicas, parece-me bem pensado. De outra forma, passar da combustão interna nos automóveis para a combustão de gás natural, carvão e petróleo na geração eléctrica da rede, é um erro. Sobretudo porque os rios não aceleram, o vento não acelera e o sol não vem em força quando o aumento da procura se regista; da mesma forma que a geração nuclear também não é muito elástica quanto às oscilações de procura da rede tendo sempre de ser complementada em grande medida com métodos de produção on-demand.
ResponderEliminar2030?! É daqui a 14 anos...! Esqueçam.
ResponderEliminar2030?! É daqui a 14 anos...! Esqueçam.
ResponderEliminarLá se vai acabar o estacionamento "grátis" em Lisboa para os Eléctricos! :( ;) ;)
ResponderEliminarUma medida muito á " frente " não me parece que o mercado automóvel se adapte ás vontades dos Alemanha ,depois é só fazer as contas e ver quanto irá custar circular com um carro eléctrico em 2030 , como irá a Alemanha conseguir ir buscar as receitas fiscais dos combustiveis ? A rede eléctrica estará preparada para isto ? Quanto irá custar a factura da energia eléctrica ? a ver vamos.......
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