2017/03/27
Reino Unido volta a pedir backdoor para acesso ao WhatsApp
A política de espionagem e espírito "Big Brother" do Reino Unido são bem conhecidos, mas o mais recente ataque na capital britânica volta a servir de argumento para exigirem uma backdoor de acesso a serviços encriptados como o WhatsApp.
A proliferação de apps que tentam garantir a privacidade dos seus utilizadores tem estado em confronto directo com o desejo dos governos em espiarem tudo e todos, e isso fica bem patente na posição de vários políticos que consideram que o facto do governo não poder aceder às mensagens encriptadas como sendo "completamente inaceitável"!
Como sempre, a desculpa do terrorismo vem à baila, com a referência de que serviços como o WhatsApp não se podem tornar numa forma privilegiada de comunicação entre terroristas - parecendo esquecer-se que, se não fosse via WhatsApp não faltariam outras formas de comunicação, ou até o uso de formas mais "criativas" de esconder informação, como informação escondida dentro de imagens, ficheiros, ou até eventualmente codificada em emojis.
Os especialistas de segurança já vieram relembrar que a implementação de backdoors, como as que o governo britânico pede, são um imenso risco de segurança, pois nada poderá garantir que essa porta de entrada será utilizada apenas pelas entidades devidas (já para não falar do potencial abuso - numa altura em que já ficou demonstrado que a polícia britânica rotineiramente acede a informação privada dos cidadãos para uso pessoal).
O governo britânico vai-se encontrar com representantes do Facebook e WhatsApp (e outras empresas tecnológicas) esta semana, mas não será de esperar que qualquer um deles aceda ao pedido de adicionar backdoors aos seus serviços.
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Boa desculpa, como se os terroristas continuassem a usar o WhatApp se os gajos tivessem acesso às mensagens encriptadas, não têm mais outras 5000 aplicações que fazem o mesmo por onde escolher nem nada.... ou então fazem eles uma, até parece que é difícil.
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