2017/04/18

Facebook promete actuação mais rápida após vídeo de assassinato "em directo"


O Facebook dá-nos ferramentas para chegar a milhões de pessoas e comunicar com todo o mundo, e infelizmente também vão surgindo casos em que esse facilidade é utilizada para os fins mais incompreensíveis - como a de um criminoso que decidiu matar outra pessoa sem qualquer motivo e partilhar isso FB.

O caso de Steve Stephens aconteceu no domingo de Páscoa, com o sujeito a ter enviado para o Facebook vários vídeos, primeiro a falar das suas intenções de matar alguém e continuar a matar até ser apanhado; seguido de um vídeo onde mata uma pessoa que escolheu aleatoriamente enquanto conduzia; e posteriormente um vídeo em directo no Facebook Live, em que confessa aquilo que tinha feito minutos antes.

Os vídeos depressa se tornaram virais e o Facebook foi criticado por ter mantido os vídeos online durante várias horas, coisa que o Facebook vem agora abordar, prometendo agilizar todo o processo de queixas de vídeos impróprios para que esses conteúdos possam ser removidos mais rapidamente.

Segundo o Facebook, os vídeos foram removidos cerca de duas horas após ter recebido as primeiras queixas:
  • 11:09AM - Primeiro vídeo, revelando as intenções de matar alguém. Não deu origem a nenhuma queixa.
  • 11:11AM - Segundo vídeo, do crime propriamente dito, publicado no Facebook.
  • 11:22AM - Vídeo em directo, no FB Live, a confessar o crime.
  • 11:27AM - Fim do vídeo em live streaming; com a primeira queixa a ser feita poucos minutos depois.
  • 12:59PM - Feita a primeira queixa do vídeo do crime.
  • 1:22PM - Conta do suspeito suspensa, todos os vídeos deixam de ser visíveis.

Penso que mais curioso do que as duas horas que o Facebook demorou a suspender a conta será o facto do vídeo mais chocante só ter tido uma queixa quase duas horas após ter sido publicado, e mais mais de hora e meia após a primeira queixa sobre o vídeo seguinte da confissão.

Infelizmente, haverá sempre situações em que as tecnologias disponíveis são abusadas (não faltam casos ao longo da História de pessoas a matarem outras apenas para terem os seus "15 minutos de fama" - e isto antes sequer de haver internet) pelo que penso ser injusto que se pense sequer em culpar os serviços de live streaming por este tipo de comportamentos - sem que isto invalide a implementação de sistemas que permitam detectar e remover estes conteúdos o mais rapidamente possível das respectivas plataformas, e direccioná-los para as autoridades competentes.

Mas, há também que ter em conta que estes vídeos só se tornam virais depois das coisas já se terem passado - pois não me parece que a maioria das pessoas "normais" tenha por hábito seguir em directo alguém que está a matar outras pessoas...

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