2017/05/29
Google diz que fica demasiado caro ceder dados dos salários
A Google tem estado a enfrentar um caso sobre alegada discriminação nos salários entre trabalhadores de sexo masculino e feminino, e agora diz que fica demasiado dispendioso fornecer os dados sobre os salários aos investigadores.
Para uma empresa que se preza por acumular informação, não deixará de ser um pouco estranho que algo tão simples quanto os salários dos seus funcionários seja algo que agora diga ser demasiado trabalhoso e dispendioso de determinar: a Google diz que para disponibilizar os dados pedidos nesta investigação teria que gastar cerca de 500 horas e 100 mil dólares.
Uma desculpa que não é aceite pelo Departamento de Trabalho norte-americano, que começa por dizer que isso são valores inconsequentes para uma empresa que tem receitas de 28 mil milhões de dólares anuais; e que logo de seguida frisa que uma empresa não se pode esquivar à lei dizendo que tem um sistema de salários demasiado "complicado" para poder fornecer esses dados... Enquanto que do lado da Google, a recusa do acesso directo aos salários é explicada como forma de proteger a privacidade dos seus colaboradores.
... Ora, num caso como este, não seria justificado (e simples) ir directamente aos registos das finanças e verificar quanto ganham os trabalhadores da Google de ambos os sexos, e verificar se existem discrepâncias?
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É capaz de ser difícil as finanças conseguirem isolar todos os elementos necessários, é necessário saber a que função corresponde o rendimento e quais são os rendimentos provenientes da Google ou suas parceiras. Além disso, cruzar esses dados com outras variáveis sócio-demográficas como género, habilitações académicas, idade entre outros, deve quebrar certamente o direito de privacidade que se reconhece a cada cidadão. A Google que ceda esa informação e o tribunal que apresente uma causa provável para solicitar essa informação
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