2017/09/05
Meio milhão de pacemakers precisam de actualização de segurança
Já temos assistido a "recalls" de smartphones, portáteis, e até automóveis; mas desta vez a coisa complica-se por se tratar de pacemakers, o que vai obrigar quase meio-milhão de pessoas a visitar o seu médico para fazer uma actualização.
Se acham que é chato ter que fazer um reboot para fazer uma actualização do sistema no computador ou smartphone, imaginem só como se sentiriam se isso tivesse que ser feito num pacemaker que está a tomar conta do vosso coração. No entanto, é precisamente isso que está a acontecer com 465 mil pacemakers nos EUA.
Tratam-se de pacemakers que podem ser controlados por rádio, mas que se parecem ter esquecido de algumas regras de segurança, tornando-os vulneráveis a hackers - que nem precisam de gastar muito dinheiro para poderem interferir com o seu funcionamento, potencialmente matando a pessoa em questão.
A complicar a situação está o facto da actualização não poder ser feita remotamente, o que obrigará 465 mil pessoas a visitarem os seus médicos para procederem à mesma e, para complicar as coisas, esta actualização não está livre de riscos.
Tal como em qualquer actualização de firmware, onde há sempre a hipótese de algo correr mal, também aqui há riscos envolvidos, que se tornam mais preocupantes tendo em conta do que se trata. Os especialistas avisam que a actualização do firmware pode falhar, pode levar à perda dos dados de configuração e de diagnóstico, e que também há 0.003% de possibilidade do pacemaker ficar inoperacional (o equivalente ao "brickanço" num smartphone) - o que num universo de 465 mil pessoas representa mais de uma dezena delas.
... Precisamente por isso está a ser pedido aos médicos que avaliem caso a caso para decidir se se justifica fazer a actualização. Se acham arriscado que o computador ou smartphone não arranque após uma actualização de firmware... como se sentiriam ao fazê-lo num pacemaker?
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A estatística é lixada... 10 pessoas se calhar vão para o estaleiro...
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