2017/10/31

Contacto com os DJI Mavic Pro Platinum e Spark


A DJI convidou-nos para ver em primeira mão alguns dos seus drones mais recentes, e obviamente que não podíamos perder esta oportunidade.

Mesmo com todas as complicações burocráticas que se têm levantado relativamente aos uso de drones, a verdade é que continua a ser difícil resistir às suas potencialidades; especialmente quando se tratam de modelos como os da DJI. Para este contacto, em que o meu amigo Tiago Reganha serviu como nosso enviado especial, tivemos oportunidade de ver em funcionamento os mais recentes drones da DJI, começando pelo novo Mavic Pro Platinum, que vem com duas melhorias substanciais: autonomia de voo de 30 minutos e uma redução substancial (60%) do ruído em voo.


Mais do que a autonomia (sempre apreciada) foi mesmo a parte do ruído que mais nos surpreendeu - a nós e aos próprios pilotos da DJI, que também estavam a testar este modelo pela primeira vez. Embora a maior parte das pessoas fique (justificadamente) maravilhada com as gravações feitas com drones, a verdade é que "ao vivo", a utilização de drones é acompanhada por uma dose bem generosa de barulho, que até se torna incomodativo caso se estejam a fazer gravações perto de pessoas ou animais. Com este novo Mavic Pro Platinum, esse aspecto foi substancialmente melhorado; sendo perfeitamente possível fazerem gravações a poucas dezenas de metros de pessoas, sem que estas sequer se apercebam de que têm um drone por perto. Embora ainda não se trate de um "silent mode" (como o popularizado em séries como Blue Thunder) é um importante passo nesse sentido.


Claro que a nível de autonomia as coisas também se fazem notar... especialmente para aqueles que ainda se lembram do tempo em que voar com um drone era coisa que implicava um regresso à base para trocar baterias a cada 5 minutos (ou menos!) Com 30 minutos disponíveis, para além do conforto de saber que não se fica sem bateria "por distracção", o mais certo é que seja o operador/piloto a cansar-se mais rapidamente do que o esgotar da bateria do drone.





Os testes programados para o Phantom 4 Pro Obsidian acabaram por ser reduzidos devido ao inconveniente vento que começou a soprar com maior intensidade. Mas não foi grave, pois ainda houve tempo para "brincar" um pouco com o Spark.


O Spark é o mais compacto e económico drone da DJI, mas é um daqueles casos em que se pode dizer que "os drones não se medem aos palmos". Embora custe praticamente metade de um Mavic, conta com todo o tipo de assistências que qualquer utilizador desejará ter num drone: posicionamento por GPS, descolagem automática, detecção de obstáculos, estabilização da posição (que o deixa "parado no ar", mesmo com vento moderado). Temos até a possibilidade de o controlar por gestos, fazendo com que ele - por exemplo - se afaste uma dezena de metros para tirar uma foto de grupo ou que apanhe a paisagem de onde nos encontramos.

Também temos a sempre prática função de "regresso à base" que o faz regressar ao ponto de partida, para além de avisos de bateria fraca e até, em caso de perda total da bateria, sistema de queda controlada a velocidade reduzida para evitar danos. No fundo, argumentos que fazem repensar seriamente o investimento num drone de 400-600 euros, e cuja experiência de utilização é incomparavelmente superior a tudo o que já tínhamos visto antes.


Num drone de 100-200 euros (e até mais caros), continuamos a ter o receio constante de que uma desatenção acabe em desastre. Neste Spark, temos aquilo que realmente se espera que um drone seja. Só falta mesmo que a legislação também seja adaptada de forma a facilitar a sua utilização legal no âmbito da captura de imagens para uso estritamente pessoal ou de lazer.


Agradecemos à DJI esta oportunidade para um primeiro contacto com os seus mais recentes drones... e apenas podemos dizer que ficamos extremamente agradados com aquilo que vimos.

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