2018/10/16

Morreu Paul Allen, co-fundador da Microsoft


Embora o nome Microsoft seja quase sempre associado a Bill Gates, a verdade é que o mundo seria bem diferente se não fosse por causa de Paul Allen - o senhor que convenceu Bill Gates a desistir da Universidade para fundarem a Microsoft.

Paul Allen morreu ontem, dia 15 de Outubro de 2018, aos 65 anos vítima do cancro que vinha a combater desde a década de 80.

Se Bill Gates se tornou na face visível da MS, cabia a Paul Allen tratar de muitas das jogadas estratégicas que permitiram à Microsoft (na altura Micro-Soft, nome imaginado também por Paul Allen) tornar-se no que se tornou, como a crítica decisão de comprar o QDOS de Tim Paterson em 1980, de modo a ter o sistema operativo que tinha prometido fornecer à IBM, e que se tornou na rampa de lançamento para o sucesso da MS.


Infelizmente, o percurso de Paul Allen na Microsoft em breve sofreria um grande revés, quando lhe foi diagnosticado cancro em 1982. No ano seguinte abandonaria o cargo executivo na MS, mantendo-se no entanto no Conselho Administrativo até Novembro de 2000. Bill Gates terá tentado comprar a sua participação em 1983, mas Paul Allen manteve as suas acções - decisão bastante acertada, considerando que poucos anos mais tarde o viriam a tornar bilionário (a mais recente estimativa da Forbes avaliava a sua fortuna em mais de 21 mil milhões de dólares). Desde a sua saída da MS, Allen continuou a investir em todo o tipo de projectos e aventuras, incluindo o SpaceShipOne, e tendo doado cerca de 2 mil milhões de dólares para educação, projectos de conservação da natureza, artes, etc.

Como mais uma vez se confirma, não importa se se é um dos homens mais ricos do mundo, o tempo que se está por cá é sempre limitado, restando a todos tentar aproveitá-lo da melhor forma. E se isso permitir que esse tempo seja mais agradável para muitas outras pessoas... melhor ainda!

4 comentários:

  1. Fantástico esse último parágrafo.

    O recurso mais escasso de todos nesta vida é sem dúvida alguma o tempo.

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    1. Nesta vida ...
      Quanto à outra, a doutrina monoteísta judaico-cristã e muçulmana divide-se. Há os que acham que:
      - a alma vai para o céu, o inferno ou o purgatório, até ao dia do juízo final. O Papa Francisco veio baralhar um bocado sobre quem é que vai para o inferno e quais são lá as condições de vida;
      - a alma não vai para lado nenhum, fica em "memória" de deus, que há-de ressuscitar os que entender. Há uma quota para os ressuscitados (fala-se em 12.000). Por isso, quando virem pessoal, aos pares a tentar converter o próximo, não estão propriamente preocupados com o próximo, mas em amealhar uns pontitos para terem mais hipóteses de ressuscitar;
      - idem, mas só ressuscitam os batizados na verdadeira fé. Há uns que vêm à Europa identificar os parentes já falecidos há gerações (coisa que tem contribuído bastante para os estudos genealógicos) e batizá-los (podiam ter sido batizados, mas não na verdadeira fé, por isso não valia);
      - os que vão direitinhos em corpo e alma para o paraíso, viver com umas lascas (as huris do paraíso). Identifico-me bastante com esta perspectiva, mas está muito associada a mandar infiéis pelos ares, o que não é da minha simpatia.

      Cada um pode criar a sua versão.
      Paul Allen, pelos vistos não era má pessoa e gostava de música - por certo encontrou do outro lado uma malta porreira :)

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    2. ...porque o conceito de "outras vidas" não passa de pura imaginação humana.

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    3. Assim como o conceito de deus, anjos, profetas, etc, etc, etc...

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