Após nove anos de actividade, o telescópio espacial Kepler encerra as suas operações por ter ficado sem combustível, deixando um legado de milhares de planetas descobertos e mais de meio milhão de estrelas observadas.
Embora o seu fim já estivesse previsto há muito, foi com tristeza que recebemos a notícia de que o telescópio espacial Kepler terminou oficialmente as operações. Depois de consumidos os 11.8 litros de combustível que carregava, ao longo de mais de 9 anos e meio no espaço, a NASA não teve outros remédio senão desactivá-lo e colocá-lo numa órbita "segura" em torno do Sol, que irá manter numa curiosa dança com a Terra, que o aproximará e afastará do Sol a cada várias dezenas de anos.
Quando foi lançado, o Kepler tinha como objectivo durar 3.5 anos, com possibilidade de prolongamento até aos 6 anos; pelo que os 9.6 anos que durou foram para além daquilo que era esperado dele. Ainda assim, dá-nos vontade de ter a capacidade para enviar uma missão de reabastecimento que permitisse que se mantivesse operacional por mais uma década - mesmo sendo já afectado por problemas mecânicos que obrigavam a manobras criativas para compensar as falhas.
Resta-nos agora esperar que o próximo telescópio especial James Webb possa dar continuidade à observação do cosmos, mesmo estando a ser atormentado por atrasos recorrentes (a última estimativa aponta que o lançamento só aconteça lá para 2021); isto sem esquecer o mérito do velhinho Hubble, que, mesmo com todos os problemas que vão surgindo, continua a funcionar passados 28 anos no espaço.
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