2018/11/07

AMD revela EPYC Rome com até 64-cores em 7nm


A AMD quer tirar o máximo partido do atraso da Intel na adopção da tecnologia de 7nm, e avança com novos CPUs EPYC Rome destinados ao segmento dos servidores, que combina múltiplos chips independentes num mesmo módulo.

Sabendo-se que fazer um chip único com uma grande área tem um preço proibitivo - e aumenta a probabilidade que um pequeno defeito numa parte do chip inviabilize todo o chip - a AMD reforço a aposta no conceito modular, combinando chips independentes num mesmo módulo final, naquilo a que chama um design "chiplet". O módulo final consiste num chip central que gere a comunicação entre múltiplos chips com os CPUs propriamente dito.


Esta táctica tem a vantagem adicional de permitir que estes diferentes chips sejam feitos usando arquitecturas diferentes (7nm para os CPUs, 14nm para o módulo de I/O), esquivando-se ao problema de que nem todos as funções são melhor servidas por um processo de fabrico mais reduzido.

Este sistema permite combinar até 64-cores Zen 2 num único "CPU", e tem também a particularidade adicional de manter estes novos EPYC Rome compatíveis com os sockets EPYC Naples actuais e também com os futuros EPYC Milan que irão estrear a nova geração de chips Zen 3, algo que irá simplificar a vida aos fabricantes que os quiserem usar nos seus servidores, não sendo forçados a saltar para uma nova plataforma com novos sockets, etc.

A única parte menos boa é que a AMD não se comprometeu com uma data específica de lançamento, dizendo apenas que chegam "em 2019", o que tanto pode significar que ficam disponíveis a 1 de Janeiro... como a 31 de Dezembro.


P.S. A AMD anunciou também os suas placas "aceleradoras" Radeon Instinct MI60 e MI50 com GPUs de 7nm.

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