2020/01/09

DRM matou os browsers open-source


Os receios que se temiam com a aprovação do DRM para a web concretizaram-se, sendo agora impossível criar um browser open-source que possa ter acesso aos conteúdos dos browsers "dos grandes".

Indiferente às vozes críticas, a polémica aprovação do DRM para a web - as Encrypted Media Extensions (EME) em 2017 foi apresentada como sendo uma forma de garantir que a web continuaria acessível a todos com a garantia dos conteúdos protegidos. Só que a realidade tornou-se naquilo que muitos avisaram que acabaria por acontecer, fazendo com que seja impossível criar um browser open-source que tenha igualdade de acesso a esses conteúdos.

Até há pouco tempo um browser independente podia pedir o licenciamento da tecnologia proprietária de DRM à Google; mas a Google deixou de permitir o licenciamento a browsers open-source. Restaria recorrer à Microsoft e Apple, mas também estas têm ignorado os pedidos de browsers independentes - sendo que no caso da MS as condições de acesso começam por pagar 10 mil dólares por uma candidatura e depois pagar $0.35 por cada browser que seja utilizado - incomportável para qualquer developer ou projecto independente.

Comprova-se que a ideia de criar um DRM "standard" para a web seria um passo em frente. Na verdade, comprova-se que está a ser exactamente o oposto, fechando a porta a qualquer projecto de browsers open-source, que terão que se manter na "periferia da web" definida pelos gigantes tecnológicos. E enquanto isso, continuará o domínio dos poucos browsers feitos por estas mesmas empresas, reduzindo a possibilidade de escapar para alternativas...

4 comentários:

  1. Conseguiram tornar a web num jogo do monopólio.

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  2. a culpa é NOSSA

    Isto já não é novidade há algum tempo: NÃO USEM CHROME

    Usem firefox. se o site não abre, não se usa. a ver se as coisas não mudam...

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    1. Não terá grande impacto a este nível, considerando que o Firefox usa o DRM Widevine da Google ou o da Adobe nos conteúdos que ainda forem via Flash.

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  3. Que se faça engenheiria reversa ao DRM para os browsers de developers.

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