2020/05/10

Google está a destacar filmes de sites pirata


A vontade da Google em nos apresentar resultados em formato mais conveniente volta a causar indignação nas entidades anti-pirataria, com a pesquisa por filmes em sites pirata a resultar na apresentação de filmes com os respectivos posters.

Embora a situação seja caricata, na verdade não terá propriamente a ver com qualquer tipo de aval dado pela Google a estes conteúdos, mas simplesmente resultado dos sistemas que implementa para a apresentação de resultados de sites com conteúdos devidamente estruturados - e que de forma automática levam à apresentação dos filmes naquele estilo visual. A situação é também atenuada pelo facto das imagens não levarem a links directos para os filmes pirata, mas apenas a informação adicional sobre os filmes.



Mais preocupante será constatar que mesmo com o aumento da utilização dos serviços de streaming (a nível global o streaming de vídeo representa mais de 57% do tráfego global segundo a Sandvine), na Europa os torrents ficaram à frente da Netflix (com 8.38% e 7.69% do tráfego), sendo apenas superados pelo tráfego web generalista (10.48%) e o YouTube que fica na primeira posição com 16.23% e obtendo o maior crescimento de todos os presentes no Top 10, com mais 9.62%.

Imagino que esta procura pelos torrents e fontes alternativas vá continuar a ter tendência para aumentar à medida que forem aumentando o número de serviços de streaming... até que finalmente alguns deles reconheçam que é insustentável ter 20 ou 30 ou 50 serviços separados, e voltem a aceitar licenciar os conteúdos agrupados num número reduzido de serviços de streaming. Algo que infelizmente ainda deverá demorar vários anos a acontecer...

1 comentário:

  1. Quando uma pessoa paga por um serviço de streming como a Netflix e acaba por ver que não tem nada de jeito que não seja produções próprias, acaba por procurar outras soluções, e quando existem no mercado apps gratuitas bastante intuitivas e com livrarias com basicamente todos os filmes e series feitos nos últimos 70 anos torna se difícil justificar pagar por serviços como o Netflix, e basicamente fazemos lo por caridade e descargo de consciência.

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