A Airbus acredita que a ROXY pode revolucionar a exploração lunar humana com esta descoberta, que aconteceu após dois anos de pesquisa, durante uma série de testes de laboratório no Fraunhofer IFAM. Um pequeno passo, mas que abriu caminho à descoberta de um sistema operacional. O oxigénio é indispensável para todas as actividades humanas no espaço e este processo poderá revolucionar as actividades na superfície lunar. Jean-Marc Nasr da Airbus afirma que “esta descoberta é um grande salto – levando-nos um passo mais à frente no santo graal da sobrevivência sustentável na lua“. Diz também que “o ROXY é uma prova positiva de que a colaboração entre a indústria e os cientistas de topo pode trazer grandes benefícios tangíveis que irão quebrar barreiras em explorações futuras“.
A ROXY faz com que seja possível que uma máquina de conversão de regolith para oxigénio tenha um design compacto e com uma boa relação custo-eficiência. Ou seja, é ideal para suportar muitas das futuras missões de exploração. Visto que não necessita de materiais ou consumíveis vindo da Terra – além do reactor ROXY em si – isto poderia ser o centro de uma cadeia de valor integrada usando camadas de confecção para produzir uma variada gama de produtos criados na lua. Poderiam ser produzidos metais, ligas metálicas e oxigénio. Combinado com o gelo lunar seria possível até a produção de combustível para naves a partir de pó metálico ROXY.
Na Terra, a ROXY abriria um caminho à redução de gases do efeito de estufa que resultam da produção de metais. Com as tecnologias actuais, a produção mundial de metal causa impactos severos no ambiente. A produção de metal causa cerca de 5% das emissões globais de CO2, sendo que muitos metais são obtidos através de processos que emitem doses significantes de perfluorocarbonos (PFCs) nocivos. Visto que o ROXY é essencialmente um processo com emissões zero, os impactos ambientais poderiam ser reduzidos, contribuindo para as balizas de sustentabilidade da ONU – outro exemplo de como as tecnologias espaciais podem melhorar a vida na Terra.
Este projecto integra cientistas do Fraunhofer Institute for Manufactoring Technology and Advanced Materials IFAM (Dresden, Alemanha), Boston University (Massachusetts, EUA) e Abengoa Innovación (Sevilha, Espanha).
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