2021/03/25

Apple mantém domínio sobre App Store no Arizona

A Apple conseguiu impedir a votação de uma proposta de lei no Arizona que daria aos developers a opção de usarem sistemas de pagamento que não pagassem comissão à Apple.

Nos EUA têm sido vários os estados que têm ouvido as queixas dos developers quanto ao domínio que a Apple mantém sobre a App Store, e mais concretamente sobre a exigência de que todo e qualquer pagamento tenha que dar comissão à Apple - tirando algumas apps preferenciais, nas quais a Apple opta por não aplicar a regra, como na Amazon Prime Video. Infelizmente, até agora todas as propostas de legislar no sentido de dar liberdade aos developers para usarem pagamentos externos sem comissões da Apple têm sido chumbadas, e no caso do Arizona, a aguardada votação nem sequer chegou a decorrer.


Aparentemente, a Apple terá contratado o ex-chefe de gabinete do governador, que terá usados os seus contactos para fazer desaparecer a votação à última hora. E a apesar de isto não significar que a situação fique automaticamente decidida a favor da Apple, serve para demonstrar como a Apple está a levar este assunto bem a sério, e não irá olhar a meios para tentar fazer com que a App Store fique como está.

Resta saber se nos processos idênticos que vão decorrendo no resto do mundo (Europa, Austrália, etc.) a Apple terá igual receptividade / capacidade para conseguir fazer "desaparecer" o problema.

3 comentários:

  1. E viva a democracia.

    Onde empresas privadas super ultra bilionárias conseguem ter mais poder sobre os decisores políticos do que a vontade expressa pelo cidadão através do voto.

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    1. A democracia está no facto que as pessoas podem votar de várias formas contra estas acções e abusos. Neste caso votar com a carteira. Não comprar produtos a quem tem comportamentos destes e outros. Como esta empresa chega ao topo com politicas que só lhes beneficia a eles deveria ser um caso de estudo.

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    2. Sou obrigado a ver as coisas de outro prisma.

      Estas empresas realmente trouxeram algo de novo e (bastante) útil ao mundo.

      No entanto, é mais do que sabido que, lucraram e encheram os cofres até dizer chega.

      Neste momento, e porque se torna literalmente impossível viver sem elas, torna-se necessário regular as sociedades de forma a que a usura não esteja acima do interesse público.

      Simplesmente deixar de utilizar os equipamentos já não é opção. Poderá ser de forma pontual, mas não de forma permanente.

      Dada a evolução das coisas, o poder decisório terá de ser devolvido aos cidadãos.

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