A Google volta a ficar na mira das entidades europeias, desta vez devido ao seu popular serviço Google Analytics que é utilizado em grande número dos sites na web.
A autoridade de protecção de dados italiana diz que a utilização do Google Analytics viola as regras de protecção de dados na Europa, por enviar informação privada dos utilizadores para os EUA.
A decisão era referente à utilização do Google Analytics por uma editora, a quem foi dado 90 dias para rectificar a situação, mas o verdadeiro problema é que o Google Analytics está enraizado por toda a web, sendo utilizado por uma grande percentagem de sites - nalguns casos nem sequer sendo dada qualquer opção para que não seja usado.
O Google Analytics monitoriza todas as visitas para criar relatórios estatísticos detalhados para os donos dos sites, para saber quantos visitantes teve, de onde vieram, em que secções do site passaram mais tempo, que tipos de produtos compraram (no caso de lojas online) e muito mais. É de grande utilidade para os responsáveis pelos sites, mas também para a Google, que também tem acesso a toda esta informação, e poderá utilizá-la como muito bem entender (ao estilo do que o Facebook fazia com a sua app Onavo, que lhe terá mostrado que era melhor comprar o WhatsApp).
Do lado da Google, a táctica tem sido a de alterar a percepção pública do serviço, dizendo que o mesmo não se destina a seguir indivíduos na web mas sim a agrupar dados anonimizados de modo a serem apresentados de forma útil.
Até que Europa e EUA cheguem a novo acordo quanto à transferência de dados, algo que está em curso depois do acordo Privacy Shield ter sido invalidade em 2020, é de esperar que este tipo de caso vá surgir repetidamente.
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