Começa a ser dada mais atenção à imensa quantidade de dados que a Tesla recolhe sobre os seus automóveis, e que em breve será algo comum a todos os fabricantes.
A Tesla não esconde que tira partido dos dados recolhidos dos seus automóveis, fornecendo informações valiosas para melhorar funcionalidades como o Autopilot. Mas, ao estilo do que é feito com os dados de tracking quando se visita a web, ou das apps dos smartphones, essa informação abre um vasto horizonte de possibilidades.
Num caso recente, a Tesla apresentou em sua defesa que o carro que teve o acidente viajava regularmente a alta-velocidade, não sendo um caso isolado de o ter feito só daquela vez. Mas, além da velocidade e localização, também sabe se os ocupantes levam o cinto posto, se aceleram ou travam bruscamente, onde carregam os carros, que sítios visitam, e muito mais.
Não admira que nos EUA a Tesla já se tenha expandido para a área dos seguros, sendo extremamente fácil avaliar o grau de risco de cada condutor, e de detectar qualquer infracção que a ilibe do pagamento de indemnizações: algo que qualquer seguradora adoraria ter, e que algumas vão tentando fazer pedindo aos condutores que usem as suas apps.
Isto para não falar de todas as câmaras que os carros possuem, e que podem potencialmente ser usadas para espionagem remota. Um risco que é levado bem a sério na China, que já proibiu os Tesla nas suas bases militares, e mais recentemente de passarem em Beidaihe durante o período em que por lá se reunirão os mais altos representantes do governo chinês; ou da possibilidade destes dados poderem ser acedidos ou interceptados por hackers, sem conhecimento ou consentimento dos fabricantes e condutores.
Veremos no que isto irá resultar, mas o risco para abuso destes dados parece ser daquelas coisas que não será uma questão de "se" mas sim uma questão de "quando".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)