2023/02/02

Mercedes descobre que energia perpétua não funciona

A Mercedes corrigiu finalmente um dos erros nos seus carros eléctricos, que usava um eixo como gerador de energia recuperada pela propulsão do outro.

É mesmo verdade. Em modelos como o EQS, a Mercedes implementou aquilo que alguns "visionários" já se poderão ter lembrado para solucionar o problema da autonomia nos carros eléctricos: tinha um motor no eixo dianteiro que era usado como gerador, aproveitando a energia do movimento gerado pelo motor no eixo traseiro.
Bem, na verdade o que se passava era que o motor eléctrico estava permanentemente ligado à transmissão, e a Mercedes usava-o para regeneração de energia quando não era necessário usá-lo para tracção. O resultado prático é que, como seria fácil de antever (mas parece ter escapado aos engenheiros alemães), a resistência gerada por este sistema era bastante superior à energia que podia ser recuperada. Para as novas versões, que chegam em Julho, a Mercedes já aplicou um sistema que desliga o motor frontal quando não é necessário, reduzindo a resistência e aumentando a eficiência e autonomia.

Além deste sistema, a Mercedes também vai passar a aplicar uma bomba de calor como equipamento de série nestes modelos, algo que inicialmente só era oferecido como opção no EQS SUV. Também aqui, o objectivo é melhorar a eficiência, de forma idêntica à que tem sido usada por outros fabricantes de automóveis.

5 comentários:

  1. Olá gostaria de expressar a minha opinião,os dínamos das habicicletas Não produzem energia! mas eu percebo tem que haver MAIS DESPESISMO!!!

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    1. Pode explicar melhor a sua opinião?
      Agradeço.

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    2. Produzem sim senhor ,e não fica mais "pesado" pedalar quanto tem o dínamo ligado ? A energia a mais que está a gastar para pedalar é o que é utilizado para o dínamo gerar energia.

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  2. Tenho impressão que os Híbridos plugin da BMW e Mini usam um sistema semelhante para carregar a bateria em andamento. Têm o motor de combustão à frente e o eletrico atrás, e quando se ativa o modo de poupar bateria o motor de trás passa a funcionar como gerador e carrega a bateria enquanto o motor da frente puxa o carro. É uma forma de simplificar a coisa mas claro que pelo meio temos as rodas e estrada que devem introduzir atrito adicional e desgaste adicional nos pneus... mas penso que seja melhor que tem um eixo de transmissão de movimento a atravessar o carro.

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  3. Tenho um híbrido plug-in (não é Mercedes) e pode carregar a bateria quando o motor de combustão é responsável pela tracção (o gerador está ligado a um dos eixos do carro). Ao ligar esta opção, o consumo instantâneo aumenta imediatamente, como seria de esperar (mais 2 litros aos 100). Porém, o algoritmo de controlo de potência está terrivelmente mal desenhado, havendo diversas situações onde o consumo instantâneo anda na casa dos 20 a 30 litros aos 100, sobretudo quando o motor de combustão começa a trabalhar. Depois disso, sobretudo em cidade, vejo que o carro mantém uma rotação muito elevada, com consumos entre os 12 e os 15 litros aos 100. Note-se que não estou a falar de picos mas sim de valores de consumo instantâneo que vou observando regularmente (uma espécie de média com tendência instantânea). Nestas ocasiões, ligar o gerador não aumenta o consumo instantâneo. Infelizmente, o carro não faz esta gestão automaticamente pelo que acabo por andar a comutar entre os diferentes modos manualmente. Nestas ocasiões de grande consumo, seria como numa caixa manual manter o carro numa segunda muito acelerada em vez de passar à terceira. O carro está desenhado para ter toda a potência disponível no arranque para atingir rapidamente a velocidade de cruzeiro, por volta dos 120Km/h, onde o consumo médio é de 6.5l aos 100. Nada mau. Mas não é este o cenário para cidade, onde a velocidade se situa entre os 30 e os 50 mas o carro parece estar sempre à espera de, a qualquer momento, se querer passar aos 120 (bem que podia usar a informação do mapa para ajustar o algoritmo). . Sendo um Plug-in, quem o carregue em casa (não é o meu caso), até acaba por ter uma boa solução, pois os 40Km de autonomia eléctrica dão para grande parte do uso diário. Para os restantes, é uma má escolha. Por isso, até apreciaria ter uma opção como a da Mercedes, desde que ligasse apenas quando tem mais potência disponível do que a necessária. Que é o que faço, conseguindo carregar entre 1 a 3 Km de autonomia a cada 5 Km citadinos (sem aumentar o consumo médio de gasolina).

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