2023/02/24

Moche termina zero rating a 1 de Abril

A Moche parece ser o primeiro serviço a dizer adeus à praga dos tarifários zero rating, passando a oferecer gigas indiscriminados a 1 de Abril.

Embora no site ainda apareçam os tarifários actuais Moche, que disponibilizam "dados para uso geral", mais "dados para certas apps", e ainda "apps sem gastar net" (que na verdade também têm limites) - a discriminação de dados conhecida como zero rating que já foi proibida pela UE e que está em processo de ser finalmente enterrada no nosso país - a Moche já começou a enviar mensagens para os clientes a dizer que os seus tarifários irão ser alterados.
A partir de 01-abr, o MOCHE 3GB incluido na sua fatura passa a ter 20GB/mes de internet geral, 2.000 min/mes e termina o trafego gratis para apps.

O tarifário MOCHE 3GB, que oferecia 3 GB de dados genéricos, mais 5 GB para outras apps (Youtube, Twitch, Netflix, HBO PT, Amazon Vídeo e Vimeo), e 15 GB para as apps "sem gastar net" (Tinder, Pinterest, Discord, Bolt, WhatsApp, Facebook, Instagram, TikTok, Facebook Messenger, Snapchat, Twitter, Skype, Viber, Facetime, Apple Music, Spotify, Deezer, Tidal, Clash Royale, Pokémon GO, iMessage e MEO Cloud), passará assim a oferecer 20 GB de dados indiscriminados, para o utilizador usar como bem entender.

É uma troca que, apesar de demonstrar a habitual "má vontade" do operador (para ser justo, no mínimo deveria oferecer 23 GB para ser equivalente à oferta que tinha), acaba por ser benéfica para o utilizador, já que poderá usar esses 20 GB naquilo que realmente lhe interessa sem que isso seja ditada pelo operador de telecomunicações. Ou seja, se quiser usar todos os 20 GB para ver YouTube ou Netflix, poderá fazê-lo, em vez de - como antes - estar limitado a apenas 5 GB para esses serviços.

Há muito que se sabe que os tarifários zero rating acabam por ser piores para os clientes, e é pena que por cá se tenha assistido a tantos operadores a manterem-nos até ao último momento, em vez de os substituírem por propostas mais vantajosas para os clientes. Afinal, não faltam bons exemplos por toda a Europa.

2 comentários:

  1. Estamos minados por esses senhores que, se não for à paulada, continuariam por longos anos a esticar a banha da cobra.

    Felizmente, existem inconformados em Portugal (assim como eu) que lá conseguem promover o início de um virar de página. Estou claramente a falar da empresa (ainda local) Liga T, na sua respetiva oferta.

    https://www.ligat.pt/

    O "coitado" do João Cadete de Matos, que tenta há meses "quebrar o mercado" (após décadas de "inércia" da Anacom com líderes anteriores), não deve dormir descansado, metido numa guerra de 1 para 3 que não desmobiliza.
    Não há viabilidade para novos entrantes sem que essas pretensões sejam possibilitadas pela lei.
    Enquanto isso, paga Tuga e vai acreditando nos super pacotes/super ofertas que te vendem com selo de pioneirismo mundial!!.

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  2. O que se passa em Portugal é que todos temos de pagar "a Bola", e as operadoras com os seus contratos de publicidade milionários junto dos grandes clubes, têm necessariamente de descarregar a conta para o cliente... e eu que nem gosto de futebol !!!

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