A Autoridade de Protecção de Dados da Noruega voltou a por o "dedo na ferida" e relembrar os excessos de tracking que se tornaram tão comuns que até passaram a ser considerados "normais". A entidade avançou com uma proibição temporária de apresentação de publicidade direccionada no Facebook e Instagram, que por agora terá um período de três meses e com multa de 90 mil euros por dia se não for cumprida.
Este é o tipo de publicidade mais lucrativa, que tira partido dos perfis de interesses compilados pelos hábitos dos utilizadores (que páginas visitam, que publicações lêem por mais tempo, que fotos gostam mais, etc.) e que acaba por resultar nas capacidades quase "mágicas" de, em muitos casos, apresentar publicidade que parece adivinhar aquilo em que os utilizadores estavam a pensar.
A proibição surge na sequência de uma decisão do Tribunal de Justiça da UE, que deliberou que a Meta estava a recolher dados sem consentimento explícito para apresentação de publicidade direccionada; mas poderá ser suspensa no caso da Meta disponibilizar forma dos utilizadores poderem desactivar a apresentação de publicidade direccionada.
Note-se que recentemente também a Suécia proibiu o uso do Google Analytics, por também possibilitar o tracking excessivo das pessoas na web.
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