2024/10/01

Apple repensa estratégia AR após óculos Orion da Meta

Embora o Vision Pro da Apple tenha sido um grande passo no mundo AR/VR, o protótipo Orion da Meta, com os seus ecrãs holográficos e sistema de controlo avançado, parece ter chamado a atenção da Apple e forçado a reavaliação da sua estratégia de óculos de realidade aumentada.

Ao contrário da realidade virtual tradicional, onde os utilizadores são imersos num mundo totalmente virtual, os óculos Orion utilizam ecrãs transparentes, permitindo ver o mundo real e ser visto por outros. Esta abordagem é diferente do Vision Pro da Apple, que usa câmaras e ecrãs para simular a realidade aumentada (AR). Além disso, a Meta optou por usar um sistema de controlo com eletcromiografia (EMG) no Orion, permitindo a interacção através de pequenos movimentos dos dedos — muito mais avançado do que os métodos actuais de rastreio de mãos.

Outra inovação da Meta que provavelmente despertou o interesse da Apple foi o "Wireless Compute Puck", que desloca a potência de processamento para um módulo externo fora dos óculos, tornando-os mais leves, e usando comunicações wireless para dispensar o uso de cabos - ao contrário do Vision Pro da Apple, que mantêm o hardware nos óculos, tornando-os mais pesados, e com o inconveniente de uma bateria volumosa externa que necessita de um cabo pendurado. Mesmo tendo em conta que actualmente os Orion são óculos que a Meta não irá comercializar, pois teriam um custo proibitivo de cerca de 10 mil dólares, estas diferenças podem ter sido suficientes para a Apple reconsiderar a sua estratégia - que poderá passar por tornar os iPhones no módulo de processamento de futuras gerações de óculos.

A mais curto prazo, há ainda que relembrar que a Meta tem óculos VR mais baratos, sob a forma dos Quest 3S, algo que a Apple ainda não tem, e que vai permitindo à Meta ir conquistando clientela para este tipo de equipamentos, tornando mais difícil que no futuro se sintam tentados a mudar de plataforma.

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